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Deputados defendem que Bolsonaro seja processado

Ele teria maltratado servidor na Câmara

GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

Deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara pediram ontem ao presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), que abra processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).

Os parlamentares querem que Bolsonaro seja punido pelo seu comportamento durante reunião realizada anteontem para discutir crimes cometidos durante a ditadura militar -uma espécie de Comissão da Verdade paralela montada pela Câmara.

Segundo o relato dos deputados, Bolsonaro destratou um dos funcionários da comissão ao solicitar documentos levados por testemunhas que participaram da Guerrilha da Araguaia.

Elas foram ouvidas em reunião secreta da subcomissão para que tivessem as identidades preservadas, pois sofrem ameaças de morte.

O deputado, que não é membro da comissão, teria entrado na sala aos gritos, ofendendo os depoentes.

"O deputado constrangeu membros da comissão, agrediu um servidor, tentou atrapalhar o debate. Tirou fotos escondidas dos depoentes e disse ao servidor, ao ter negado o direito de arrancar documentos das suas mãos, que a conversa não tinha 'chegado no chiqueiro'", relatou o presidente da comissão, Domingos Dutra (PT-MA).

Bolsonaro negou as acusações e disse que não quebrou o decoro parlamentar. Ele afirmou que não tirou fotos dos depoentes.

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