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Governador do DF admite encontro com Cachoeira

Um dia antes, Agnelo havia negado já ter se reunido com empresário

Cachoeira faria parte de um grupo da área farmacêutica que petista visitou em Anápolis, em 2009 ou em 2010

DE BRASÍLIA

Um dia depois de negar que tivesse se encontrado com Carlinhos Cachoeira, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT-DF), reconheceu ontem que esteve uma vez com o empresário, hoje preso sob acusação de explorar o jogo ilegal.

Segundo o porta-voz de Agnelo, o encontro ocorreu "em 2009 ou 2010", quando o petista era diretor na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em Brasília.

O porta-voz, Ugo Braga, disse que um grupo de proprietários de indústrias farmacêuticas recebeu Agnelo durante visita a um laboratório na cidade de Anápolis (GO), incluindo Cachoeira.

"Conversaram sobre amenidades, com o grupo todo", disse Braga.

Segundo o governo, foi "uma visita de cortesia".

De acordo com a Polícia Federal, Cachoeira comanda um laboratório farmacêutico, Vitapan, sediada em Anápolis.

O porta-voz do governo, contudo, disse que não foi a Vitapan a empresa visitada. O governador afirmou não se lembrar do nome da empresa.

Agnelo tentou ontem mostrar que, apesar da crise, tem o apoio dos partidos aliados.

Após reunião com o governador, 19 deputados da Câmara Distrital, de um total de 24, divulgaram apoio ao petista.

Na terça-feira, o chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro, deixou o cargo após a revelação de que seu nome, segundo a investigação, aparece ligado ao esquema do grupo de Cachoeira.

Diálogos telefônicos sugerem que a construtora Delta pagou propinas para receber por serviços ao governo do Distrito Federal. A empreiteira nega irregularidade.

Outra conversa sugere, de acordo com a PF, que Agnelo pediu para conversar com Cachoeira. O governador nega.

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