Após correr risco de infarto, Sarney deve deixar UTI hoje

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), 81, foi submetido na madrugada de ontem a uma angioplastia para desobstruir uma artéria do coração. No procedimento cirúrgico, também foi implantado um stent (tubo para dilatar um vaso obstruído).

Ele está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) cardiológica do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde chegou na tarde de sábado.

Segundo o cardiologista Roberto Kalil Filho, coordenador da equipe que atende o senador, Sarney "correu risco sério de infarto, mas o resultado da cirurgia ficou muito bom". O procedimento levou cerca de uma hora.

A expectativa dos médicos é que, após uma avaliação, o ex-presidente da República possa ser transferido hoje para o tratamento semi-intensivo. Ele deve permanecer internado por uma semana.

Sarney começou a sentir dores no peito na noite de sexta-feira, em Brasília. Anteontem, foi aconselhado por Kalil a viajar a São Paulo e antecipar exames que estavam inicialmente marcados para esta quinta-feira (dia 19).

Por volta das 23h de sábado, o desconforto aumentou, acompanhado de dores no braço esquerdo -um sintoma de ataque cardíaco.

Sarney foi submetido a um cateterismo, durante o qual foi localizada uma obstrução da artéria descendente anterior, e o stent foi colocado.

No domingo, Sarney não pôde receber visitas.

A presidente Dilma Rousseff ligou para saber notícias sobre a saúde do peemedebista, assim como o vice Michel Temer e Marta Suplicy (PT-SP), vice-presidente do Senado. No entanto, a única autoridade com quem Sarney conversou pelo telefone foi o ex-presidente Lula, que desejou a ele rápida recuperação.

O senador toma remédio para controlar a hipertensão e tem histórico familiar de problemas cardíacos. Em 2010, ficou 11 dias no Sírio-Libanês para tratar uma arritmia e uma esofagite (inflamação da mucosa do esôfago). Em 2001, extraiu a próstata e a vesícula biliar.