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Índios e Funai negam que haja reféns em área invadida na BA Bens das propriedades foram retirados sob supervisão da PF LUIZA BANDEIRADE SÃO PAULO Índios da etnia pataxó hã hã hãe e um funcionário da Funai (Fundação Nacional do Índio) negaram ontem que haja reféns em área invadida por indígenas no último final de semana no sul da Bahia. Anteontem, a Polícia Civil da Bahia informou que os índios haviam feito reféns cerca de 20 funcionários de fazendas, e que alguns estavam amarrados em árvores. As polícias Civil e Federal não quiseram falar sobre o caso. O líder Reginaldo Pataxó hã hã hãe afirmou que os índios invadiram pacificamente cinco fazendas em Pau Brasil e três em Itaju do Colônia, ambas a 550 km de Salvador. Ele diz que a maior parte das propriedades estava vazia. O chefe da coordenação técnica da Funai em Pau Brasil, Wilson de Souza, disse que os funcionários ficaram para acompanhar a retirada dos bens e garantir que não haveria perdas ou roubos. "Acompanhei a PF para averiguar essa versão de que teria reféns e que trabalhadores teriam sofrido violência e nada disso foi comprovado." Os pataxós hã hã hãe e fazendeiros disputam uma área de 54 mil hectares. Os índios pedem a nulidade de títulos de terra de fazendeiros. O caso está no STF (Supremo Tribunal Federal) desde 1982. Desde fevereiro, segundo o líder, 52 fazendas já foram invadidas. Cerca de 30 ainda estão com os fazendeiros. O objetivo, diz ele, é preservar a área de destruição ambiental até a decisão da Justiça. Na semana passada, os índios foram acusados de organizar uma emboscada que matou uma mulher e de incendiar um imóvel de fazenda. Os índios negam a participação no crime e atribuem a ação a pistoleiros. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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