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Rio diz que Delta pode ficar sem contratos no Estado DO RIODE SÃO PAULO O governo de Sérgio Cabral (PMDB-RJ) anunciou que examinará a possibilidade de declarar a construtora Delta inidônea, punição que a impediria de disputar licitações e fazer contratos com o Estado. A base do exame é a gravação, divulgada no site do jornalista Mino Pedrosa, em que o dono da Delta, Fernando Cavendish, diz que é possível ganhar contratos públicos subornando políticos. Cabral e Cavendish são amigos há anos. Em 2011, foram juntos no jato do empresário Eike Batista para o aniversário do dono da Delta na Bahia. O secretário da Casa Civil, Regis Fichtner, disse que a Delta será notificada em breve e terá dez dias para se defender "em relação à possível declaração de inidoneidade". A Delta disse em nota que a gravação, "clandestina e manipulada", foi captada ilegalmente numa discussão com os antigos controladores da Sygma Engenharia, hoje processados por ela. Segundo Fichtner, a comissão que estudará o caso vai rever todas as licitações vencidas pela Delta em busca de sinais de irregularidade. Desde 2007, quando Cabral assumiu, a Delta recebeu do Rio R$ 1,16 bilhão, mais do que o triplo do valor recebido nos cinco anos anteriores. Levantamento do deputado Luiz Paulo Correa da Rocha (PSDB) mostra que mais de 20% do valor empenhado para pagar a construtura em 2010 e 2011 corresponde a contratos sem licitação. Fichtner disse que todas as construtoras receberam mais sob Cabral porque o Estado ampliou os investimentos e que os serviços contratados só com consulta de preço resultaram das chuvas de 2011. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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