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Brasileiro está mais otimista com economia

Parcela que acredita que inflação vai subir diminuiu, e fatia que espera um aumento do poder de compra cresceu

Para 49%, situação econômica do país em geral vai melhorar, e só 13% enxergam piora; para 34%, nada muda

Os brasileiros estão mais otimistas com o desempenho da economia sob a administração de Dilma Rousseff.

Vários indicadores mostram que aumentou a sensação de melhora financeira, segundo pesquisa Datafolha.

Logo no começo do mandato da petista houve expectativa de crescimento da taxa de inflação e de diminuição do poder de compra. Hoje, essas curvas se inverteram.

No caso da inflação, a curva descreve forte mergulho. Em junho do ano passado, 51% achavam que os preços iam subir. O percentual caiu para 46% em janeiro passado. Agora, chegou a 41%.

Ou seja, a população percebeu que os preços perderam fôlego. O Planalto tem respondido forçando uma queda dos juros. E a soma dessas conjunturas tem rendido mais popularidade para a presidente da República.

Já a curva da expectativa do poder de compra tem uma trajetória ascendente desde junho de 2011. Naquela época, o Datafolha havia apurado que apenas 33% achavam que o poder de compra iria aumentar. Em janeiro, a taxa foi 41%. E agora está em 45%.

Inflação e poder de compra são indicadores clássicos para avaliar a sensação de bem-estar dos cidadãos.

Mas há alguns sinais amarelos no horizonte. Por exemplo, a respeito da oferta de empregos. Para 35% dos brasileiros o desemprego vai diminuir nos próximos meses. Mas outros 31% acham que vai aumentar. E 29% acham que tudo fica como está.

Essas taxas a respeito de desemprego estão no mesmo patamar desde junho de 2011.

Sinal de que os brasileiros não têm muita certeza sobre a ampliação do mercado de trabalho, o que provoca um ruído a respeito da sensação geral -embora não suficiente no momento para abalar a popularidade presidencial.

O saldo quando os brasileiros refletem sobre a economia é que as coisas estão indo mais bem que mal, para o país e para eles próprios.

Segundo o Datafolha, 49% afirmam que a situação econômica do país de forma geral vai melhorar. Em janeiro, esse percentual era de 46%. Outros 34% dizem que a economia ficará como está. Só 13% enxergam uma piora.

Essa mesma abordagem otimista é registrada na análise das finanças pessoais. A grande maioria (62%) afirma que sua situação econômica melhorará nos próximos meses. Essa taxa era de 54% em junho do ano passado.

Apenas 8% afirmam que sua situação irá piorar. E 27% dizem que ficará como está (eram 30% há três meses, e 28% em março de 2011).

A curva da situação econômica pessoal é um indicador que antecede um pico de popularidade. Foi assim com Luiz Inácio Lula da Silva em 2009 e 2010. Quando a taxa desse indicador chegou ao patamar de 60%, a aprovação do petista aproximou-se dos 80%.

(FERNANDO RODRIGUES)

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