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Ombudsman renova mandato por mais 1 ano

O jornal também ampliou de três para quatro anos o período máximo que um profissional pode ocupar a função

Suzana Singer, há dois anos no cargo, diz que prioridades serão cobertura de CPI, eleições e Olimpíada

DE SÃO PAULO

O mandato de Suzana Singer como ombudsman foi estendido por um terceiro ano, em comum acordo entre a Folha e a jornalista. O novo período terá início em 25 de abril.

Junto da mudança, o jornal anunciou que um mesmo profissional poderá ocupar a função por um período máximo de quatro anos consecutivos, em vez de três, como determinava o estatuto do cargo anteriormente, desde que haja acordo entre as partes a cada renovação anual.

Questionada sobre suas prioridades, Singer diz que "este ano já começou tempestuoso com a CPI do caso Cachoeira, com possíveis desdobramentos sobre a mídia". Também será um "ano cheio" devido à cobertura das eleições municipais e da Olimpíada de Londres.

Ela prevê uma polarização dos leitores, como em seu primeiro ano, também eleitoral, "especialmente se as pesquisas mostrarem uma disputa acirrada". Segundo Singer, a corrida presidencial de 2010 "foi a fase mais difícil".

Para o novo período, a jornalista quer melhorar também a crítica interna, uma avaliação diária, que circula entre os jornalistas. "Pode ser um instrumento de trabalho útil para a Redação."

REDES SOCIAIS

Uma de suas inovações na função foi um perfil de Twitter da ombudsman (@folha_ombudsman), para ampliar a interação. Ela relata que usa a ferramenta "mais para ouvir as queixas do que para falar", diz que é muito prática, "mas, no caso da Folha, um pouco dominada pelas patrulhas antimídia".

Em 2011, a ombudsman recebeu cerca de 45 mensagens por dia útil, 97% delas por e-mail ou Twitter. "Respondo todas pessoalmente, muitas vezes com ajuda da Redação. O campeão de mensagens foi um leitor de Minas Gerais, que mandou 145 e-mails."

No balanço de dois anos na função, a jornalista acredita que conseguiu "aumentar o contato com os leitores mais distantes, que não se mobilizam para procurar o ombudsman para reclamar".

Além de e-mail, Twitter e dos eventos de que participa, agora ela ouve assinantes para comentarem a edição do dia, "uma amostra muito pequena do universo de leitores da Folha e da Folha.com, mas que ajuda a refletir".

Tem procurado também as pessoas que serviram de fonte de informação "ou que foram 'vítimas' do noticiário, acusadas de algo ilícito", o que resultou em temas para as colunas de domingo.

Há um ano, a ombudsman estabeleceu como uma de suas metas acompanhar, além do impresso, as demais plataformas. Hoje, acredita que a tarefa ainda é deficitária.

"Presto muita atenção ao impresso e ao site da Folha e me dedico a tablets, smartphones, quando há reclamações de usuários. Esse é um dos meus próximos desafios."

Singer, 46, é casada e tem dois filhos (Julia, 9, e Miguel, 6). Filha do economista Paul Singer e irmã do cientista político André Singer, trabalha na Folha desde 1987, tendo sido secretária de Redação, diretora de Revistas e editora de "Cotidiano".

O ombudsman não pode ser demitido durante o mandato e tem estabilidade de mais seis meses no jornal após deixar a função.

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