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CACHOEIRAGATE/ESTADOS

Procuradoria vai investigar governador do DF e deputados

Relações de Agnelo com o grupo de Cachoeira serão objeto de inquérito

Supremo autoriza mais três inquéritos para analisar conduta de deputados ligados a empresário dos jogos

FELIPE SELIGMAN
LÚCIO VAZ
DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, vai investigar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e três deputados ligados a Carlos Cachoeira.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou ontem Gurgel a procurar diretamente o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde governadores têm foro especial.

Escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal mostram Cachoeira e integrantes de seu grupo discutindo com assessores de Agnelo nomeações e contratos de empresas privadas com seu governo.

As investigações da PF indicam que o grupo de Cachoeira atuou como representante dos interesses da construtora Delta, que presta serviços de coleta de lixo para o governo do Distrito Federal.

Agnelo só passará a ser formalmente investigado depois que o procurador-geral retirar as cópias do processo no Supremo e enviar o caso ao STJ, requisitando oficialmente a abertura de inquérito.

Agnelo também será alvo da CPI da Arapongagem, criada ontem pela Câmara do Distrito Federal para investigar suspeitas de que policiais a serviço do governador teriam espionado seus adversários.

Lewandowski autorizou a abertura de inquéritos no STF para investigar os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ). Investigações da PF indicaram que os três tinham relações com Cachoeira e receberam dinheiro dele. Lewandowski negou pedido para que fosse incluído nas investigações o procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres, irmão de Demóstenes Torres.

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