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Collor diz que será guardião de dados sob sigilo

Lula Marques/Folhapress
Collor acena durante a primeira reunião da CPI, quase 20 anos após impeachment que resultou em sua saída da Presidência
Collor acena durante a primeira reunião da CPI, quase 20 anos após impeachment que resultou em sua saída da Presidência

DE BRASÍLIA

O ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) marcou ontem a sua estreia na CPI do caso Cachoeira atacando a imprensa e dizendo que será um guardião para evitar vazamento de informações sigilosas aos órgãos de comunicação.

Hoje senador, ele deixou a Presidência da República em 1992 devido a acusações de corrupção que surgiram na imprensa e que foram apuradas por uma CPI.

O senador disse ontem na comissão que vai trabalhar para impedir que "certos meios" venham a "agir como simples dutos condutores de notícias falsas ou manipuladamente distorcidas".

"Voltarei meus olhos às pressões licenciosas que tentarem exercer sobre aqueles que façam parte do corpo decisório ou que, de alguma forma, detenham poder e instrumentos de informação, inclusive sobre os servidores da Casa. Buscarei, ainda, com a cooperação dos meus pares, que a agenda desta CPI não seja pautada pelos meios [de comunicação] e alguns de seus rabiscadores", afirmou.

Adversário do PT quando era presidente, hoje o senador integra a base de apoio a Dilma Rousseff.

Collor renunciou após sofrer processo de impeachment em 1992.

Uma CPI apurou os negócios entre ele e seu tesoureiro de campanha, Paulo César Farias. Os dois foram absolvidos pelo Supremo Tribunal Federal em 1994 da acusação de corrupção, mas Collor permaneceu sem direitos políticos até 2000.

PC Farias foi assassinado em 1996.

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