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Mesmo se for prefeito, Serra pode disputar a Presidência, diz Aécio

Para senador, tucano estará no páreo para o Planalto se for a opção mais viável no PSDB

FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse ontem que seu colega de partido José Serra poderá ser candidato a presidente da República pelo PSDB em 2014 se for a "opção mais viável" da legenda.

Indagado se essa hipótese vale se Serra vencer a disputa para prefeito de São Paulo, Aécio respondeu que sim. O mineiro acredita que Serra tenha intenção de ficar no cargo por quatro anos no caso de vitória em outubro. Mas ressalvou: "Todos nós somos de alguma forma reféns das nossas circunstâncias".

Em entrevista à Folha e ao UOL, foi além: "As circunstâncias lá na frente podem demonstrar que ele [Serra] é a grande alternativa para a sucessão presidencial. Eu não afasto isso de maneira peremptória e definitiva".

A declaração de Aécio contrasta com a estratégia atual de Serra, que tenta a todo custo sepultar a discussão sobre se vai cumprir ou não o mandato completo de prefeito.

Em 2004, Serra prometeu que se vencesse a disputa pela Prefeitura de São Paulo ficaria quatro anos no cargo. Só que renunciou em 2006 para concorrer -e ganhar- o governo paulista.

Aécio também pretende se apresentar como pré-candidato a presidente pelo PSDB. Defende um sistema de eleições prévias internas na sigla, de preferência já em outubro de 2013 -um ano antes da disputa de 2014.

Aos 52 anos, o senador mineiro afirma estar "preparado" e se considera "muito competitivo" para disputar o Planalto. Diz ter "muitos defeitos, mas entre eles não está o da obsessão" para se tornar candidato.

Na entrevista, Aécio criticou a presidente Dilma Rousseff, a quem deu nota 5, numa escala de 0 a 10. Para ele, a popularidade do governo seria decorrente apenas do estado da economia.

Ao falar de como está a administração federal, o senador cita de cabeça vários números sobre investimentos nas áreas de segurança e saúde, entre outros. Sua estratégia é transmitir ao eleitor que o Brasil pode ir além do que foi realizado até agora.

INVESTIGAÇÃO

A respeito da CPI do Cachoeira, o mineiro afirma que a investigação deve ter transparência para evitar "vazamentos seletivos". Sobre o futuro do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), acha que "a probabilidade maior é que ele seja cassado".

No caso de tucanos citados nos fatos relacionados à CPI, Aécio considera que o governador de Goiás, Marconi Perillo, tem de "ser investigado" e que o deputado federal Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO) precisa se licenciar da legenda para se defender.

FOLHA.com
Assista ao vídeo e leia a transcrição da entrevista
folha.com/no108209

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