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Escutas sugerem que Perillo atuou em favor da Delta DE BRASÍLIAEscutas telefônicas realizadas pela Polícia Federal indicam que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), atuou em favor da Delta Construções. Em julho de 2011, Cachoeira e Demóstenes pressionaram o governador para que interferisse num negócio na região do Entorno do Distrito Federal. Em 13 de julho, Demóstenes se encontra pessoalmente com Perillo e diz a Cachoeira ter chegado a um acordo. No mesmo dia, o governador também conversa com o ex-presidente do Detran, Edivaldo Cardoso, que passa o recado a Carlinhos Cachoeira. A PF resume a conversa: "Edivaldo diz que ele (Marconi) mandou parar tudo e que quem vai liberar o negócio é Carlinhos. Diz que Marconi é que vai conduzir esse negócio." As conversas deixam claro que quem mantinha interlocução com o governador em nome da Delta não era Cláudio Abreu, mas Cachoeira, Demóstenes e Wladimir Garcez. As escutas também indicam que houve pelo menos três encontros pessoais entre Cachoeira e o governador goiano entre março e julho de 2011. Perillo admitiu ter se encontrado com Cachoeira em um jantar na casa de Demóstenes e de ter ligado para cumprimentá-lo pelo seu aniversário. O advogado de Perillo, Antônio Carlos de Almeida de Castro, disse que "Perillo não tinha relação com Cachoeira, teve com ele pouquíssimas vezes e o recebeu uma única vez". A escuta mostra que o jantar não foi um encontro fortuito. Na véspera, Wladimir Garcez "dá a entender que é para Carlinhos falar com Marconi no jantar para que a Delta seja a líder do contrato". Marconi teria agradecido Carlinhos por tê-lo aproximado do Demóstenes. (BRENO COSTA, ANDREZA MATAIS, FERNANDO MELLO E CATIA SEABRA) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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