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Ministério Público abre inquérito contra Rossi Ex-ministro da Agricultura teria dado cargos a parentes de peemedebistas Durante sua gestão na Conab, número de assessores subiu de 6 para 26; Rossi diz que seus atos foram legais LEANDRO MARTINSDE RIBEIRÃO PRETO O Ministério Público Federal converteu em inquérito um procedimento administrativo envolvendo o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi para investigação de suposto loteamento de cargos na Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O procedimento havia sido instaurado em agosto depois de a Folha revelar que a Conab abrigava parentes de políticos do partido de Rossi, o PMDB. A portaria que transformou o procedimento administrativo em inquérito diz que a investigação apura suposta prática de nepotismo e favorecimento de pessoas vinculadas a autoridades públicas. Ouvido ontem pela Folha, Rossi -que deixou o ministério em meio a acusações de irregularidades- disse que os seus atos foram legais e que toda investigação é "bem-vinda". "Nunca contratei, na Conab ou no ministério, qualquer pessoa que tivesse vínculo familiar comigo. Não se pode falar em nepotismo." De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal, a conversão em inquérito ocorreu porque venceu o prazo de 180 dias do procedimento administrativo sem conclusão. O inquérito tem prazo de ao menos mais um ano, quando a Procuradoria decidirá quais medidas podem ser adotadas. No período em que Rossi dirigiu a Conab, de junho de 2007 a março de 2010, ele deu ordem para mais que quadruplicar o número de assessores especiais no gabinete do presidente -de 6 para 26. Muitas das vagas foram preenchidas depois que Rossi deixou a estatal e assumiu o comando da Agricultura. Receberam cargos, entre outros, parentes do senador Renan Calheiros (AL), dos deputados federais Henrique Eduardo Alves (RN) e Mauro Benevides (CE) e também do ex-governador Orestes Quércia, que morreu em 2010. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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