Índice geral Poder
Poder
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Mortes no campo caíram em 2011, diz Pastoral da Terra

DE BELÉM

As mortes motivadas por conflitos no campo diminuíram em 2011, mas o número de pessoas ameaçadas devido a disputas fundiárias quase triplicou em relação ao ano anterior.

Os dados estão em relatório anual divulgado ontem pela CPT (Comissão Pastoral da Terra), braço agrário da Igreja Católica no Brasil.

Segundo a comissão, houve 29 homicídios resultantes de conflitos no campo em 2011, queda de 15% em relação aos 34 de 2010. A maior parte das mortes -12 casos- foi no Pará.

A relação inclui casos de repercussão internacional, como a morte, em maio passado, do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, em Nova Ipixuna.

"O total de mortes diminuiu porque após a morte do casal houve maior combate à violência. Mas precisamos de soluções definitivas", afirmou Antônio Canuto, da CPT.

Se houve recuo nos homicídios, outros pontos do estudo indicam crescimento na violência no campo. O número de ameaçados de morte em disputas fundiárias avançou 177% -de 125 para 347 pessoas, sendo 85% delas na Amazônia.

O contexto dos conflitos mostrou uma mudança no eixo das disputas da reforma agrária para demandas de comunidades tradicionais. Segundo a CPT, 72% dos ameaçados têm relação com territórios quilombolas, indígenas ou de outras comunidades. Outros 22% são assentados ou sem-terra. (AGUIRRE TALENTO)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.