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Reação econômica será mais lenta que o previsto, diz BC

Índice mostra que renda nacional encolheu em março pelo 3º mês seguido

Expansão da economia no 1º trimestre ficou em 0,15%, mantendo tendência de queda nas projeções para 2012

GUSTAVO PATU
MAELI PRADO
DE BRASÍLIA

A economia brasileira encolheu em março pelo terceiro mês consecutivo, e o desempenho no primeiro trimestre foi ainda mais fraco do que esperavam analistas e investidores.

Divulgados ontem, os novos dados do índice de atividade econômica do Banco Central mantêm em tendência de queda as projeções do governo e do mercado para o crescimento da renda nacional neste ano.

O BC apurou uma expansão de apenas 0,15% no primeiro trimestre, na comparação com os últimos três meses do ano passado. As apostas de bancos e consultorias, que já não eram otimistas, variavam em torno de 0,5%.

A taxa só não foi negativa graças a um efeito estatístico -os números ruins de outubro derrubaram o resultado médio do quarto trimestre de 2011. Na comparação direta entre março e dezembro, há uma queda de 0,98%.

O índice estima o ritmo da economia a partir de indicadores disponíveis sobre indústria, serviços, agricultura, consumo e investimentos.

Por isso, serve como uma prévia do resultado trimestral do Produto Interno Bruto, que será divulgado dentro de duas semanas pelo IBGE.

PROJEÇÕES EM QUEDA

Diante das incertezas do cenário internacional e da pouca eficácia das medidas de estímulo adotadas pelo governo, especialistas vêm reduzindo expectativas para o PIB do trimestre e do ano.

Até a semana passada, a projeção central do mercado para o crescimento em 2012 estava em 3,2%, ainda acima dos 2,7% do ano passado. O governo mantém a previsão oficial de 4,5%, mas já considera satisfatória qualquer melhora sobre 2011.

"Nossa expectativa era crescimento de 3,2% para o ano, reduzimos para 3%", diz a economista-chefe da corretora Icap Brasil, Inês Filipa.

Rafael Bacciotti, da consultoria Tendências, espera crescimento de 2,5% e acredita que a redução dos juros do BC só produzirá resultados a partir do segundo semestre.

Segundo a Folha apurou, a equipe econômica espera agora um crescimento do PIB de 0,4% no primeiro trimestre, na comparação com o trimestre anterior. A previsão é semelhante à do mercado.

Para Jankiel Santos, economista-chefe do banco Espírito Santo, o resultado do PIB deve ser melhor que o do índice do BC, porque no segundo é maior o peso da queda da produção industrial.

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