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Dilma e Lula estreiam com Haddad em SP Petistas vão a mostra de Portinari; presidente visita dom Paulo Evaristo Arns
DIÓGENES CAMPANHA DE SÃO PAULO A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula fizeram ontem a primeira aparição pública em São Paulo com o pré-candidato petista a prefeito, Fernando Haddad, desde o início do ano. Os três visitaram a exposição "Guerra e Paz", de Candido Portinari, no Memorial da América Latina. O encontro aconteceu três dias depois de o PT veicular propaganda na TV em que eles aparecem juntos pedindo "renovação". A assessoria de Haddad chegou a informar que ele veria a exposição com Lula na última terça-feira, mas a visita foi remarcada para que Dilma pudesse participar. A mostra ficou fechada durante a visita. Ao se deslocar pelo memorial, Dilma foi vaiada por parte do público que, na calçada, teve que aguardar a passagem da comitiva para poder entrar. Ao final do encontro, Haddad se disse "honrado" com a visita ao lado dos dois, mas minimizou os benefícios eleitorais da situação. "Lula e Dilma vão ter peso em qualquer eleição. É óbvio que apoio político conta, mas não é o ingrediente mais importante." Reservadamente, entretanto, coordenadores da campanha petista comemoraram o potencial de exposição da imagem dos três juntos. O petista tem 3% das intenções de voto na pesquisa Ibope divulgada há dez dias. José Serra (PSDB) atinge 31%. O tucano também tem ido a eventos oficiais do governador Geraldo Alckmin. RATINHO Para ajudar Haddad, Lula intensificará sua presença em atos públicos. Na segunda, vai a cerimônia na Câmara Municipal com o pré-candidato. Nos dias seguintes, dará entrevistas ao "Programa do Ratinho" (SBT) e a rádios. Em almoço com Haddad antes da visita, o ex-presidente cobrou da campanha informações sobre as negociações com os comandos municipais de siglas cortejadas pelo PT. Ao deixar a exposição, a presidente foi de helicóptero para Taboão da Serra, cidade vizinha à capital, visitar o arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns. Ela quis homenageá-lo pela luta contra o regime militar, dias depois de dar posse aos sete integrantes da Comissão da Verdade, que investigará crimes do período. Durante a ditadura, o religioso criou a Comissão de Justiça e Paz, que deu apoio a presos políticos, e coordenou o projeto "Brasil Nunca Mais", que reuniu documentos sobre a repressão. Ele lembrou as celebrações que comandou na Catedral da Sé em memória do estudante Alexandre Vannucchi Leme, em 1973, e do jornalista Vladimir Herzog, em 1975. Os dois foram mortos pelo regime, em São Paulo. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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