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Com Haddad, Marta diz que 'não basta o novo' em SP

Pré-candidato se irrita com pergunta sobre senadora em homenagem a Lula

Discurso foi recebido como resposta a novo slogan para promover petista: 'Só se renova quem traz o novo'

BERNARDO MELLO FRANCO
DIÓGENES CAMPANHA
DE SÃO PAULO

Em homenagem da Câmara Municipal ao ex-presidente Lula, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) disse ontem que "não basta o novo" para vencer a eleição paulistana, cobrou um programa de governo e gerou incômodo ao pré-candidato do partido a prefeito, Fernando Haddad.

O ato era aguardado como impulso à campanha do petista, mas ele exerceu papel de coadjuvante e foi menos aplaudido que a ex-prefeita, que teve o nome gritado.

Ao discursar, Marta saudou a presença do pré-candidato, mas fez uma cobrança clara a ele. "Em São Paulo, é voto a voto. Não basta o novo nessa cidade. Nós temos que ter programa novo", disse.

Em clima eleitoral, militantes usavam camisetas com o slogan petista "Só se renova quem traz o novo", adotado para promover Haddad.

Ele permaneceu sentado no plenário, enquanto a ex-prefeita ocupava a mesa de autoridades e era saudada pelo mestre de cerimônias como "sempre prefeita".

Na saída, ao ser questionado sobre o fato de a ex-rival na disputa pela chapa petista ter tido mais destaque do que ele na cerimônia, Haddad se irritou. "Que pergunta boba. Que pergunta mais indelicada com a ex-prefeita."

Sobre a cobrança por um programa de governo, afirmou: "Estamos há três meses elaborando um programa exatamente para isso. Estamos de acordo."

Por fim, ele se eximiu de culpa pela ausência da senadora em atos da campanha. "Ela está sempre convidada para tudo. Ela participa quando o tempo dela permite."

Antes da entrega do título de cidadão paulistano a Lula, um vídeo exibido no telão lembrou momentos de sua trajetória. Haddad apareceu três vezes -mais do que a presidente Dilma Rousseff.

Na tribuna, Lula fez apenas uma referência a Haddad, a quem chamou de "melhor ministro da Educação que este país já teve".

Ele definiu Marta como "a melhor prefeita que São Paulo já teve" e "a maior vítima do preconceito de uma parte da elite, porque ousou governar para os pobres."

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