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Governo expõe preocupação com alta de calotes Mantega estudar ações para 'reestruturar' inadimplência, que atinge 7,4% das operações LORENNA RODRIGUESDE BRASÍLIA Além de estimular a concessão de empréstimos, o governo está preocupado com o aumento dos calotes nas operações já realizadas. Ontem, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que o governo estuda medidas para "reestruturar" a inadimplência, que atinge 7,4% dos financiamentos, no levantamento do Banco Central. A ideia, de acordo com o ministro, é parcelar tributos que são pagos na renegociação de dívidas com os bancos, como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Mantega disse ainda que o governo quer facilitar ainda mais a portabilidade de dívidas de um banco para outro para facilitar as negociações. A avaliação é que, com pagamentos em atraso, a população não tem como acessar novos empréstimos, o que torna inócuo qualquer incentivo adicional a financiamentos. O governo busca impulsionar o crédito para reativar a produção e dar fôlego ao crescimento econômico. Mas encontra obstáculo na inadimplência do consumidor, que chegou a 7,4% das operações em março. Mas, apesar dos incentivos dados pelo governo, Mantega, reviu para baixo a projeção de crescimento para este ano e enterrou oficialmente a expectativa de crescer 4,5%, como queria o Planalto. Por conta do impacto da crise financeira internacional, o ministro prevê 4%, o que ainda é uma aposta alta diante dos 3,09% estimados pelo mercado financeiro. Ao participar de audiência no Senado, Mantega ressaltou que um agravamento no cenário externo pode reduzir o crescimento no Brasil em um ponto percentual. Se a queda ocorrer a partir da projeção oficial, o crescimento pode se aproximar de 3% este ano. Esse é o maior temor da equipe econômica. COMPULSÓRIO Mantega afirmou que poderão ser adotas também mais medidas para estimular o crédito, como liberações de recursos das instituições financeiras que têm que ser mantidos depositados no Banco Central -os chamados depósitos compulsórios. Na segunda, a autoridade monetária liberou R$ 18 bilhões do compulsório que poderão ser destinados a financiamento de automóveis. Além da redução na tributação de automóveis já anunciada, o governo estuda reduzir impostos sobre motos. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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