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Sigla quis trocar apoio por cargo, diz Haddad

DE SÃO PAULO

O pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse ontem que o PR pediu a substituição do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, em troca do apoio à sua campanha.

Segundo o petista, o partido se aliou ao adversário José Serra (PSDB) porque a presidente Dilma Rousseff se recusou a ceder à pressão, o que ele defendeu.

"O PR resolveu nacionalizar um debate local e fazer de São Paulo uma moeda de troca para negociar na esfera federal", disse Haddad.

"A presidente já havia deixado claro que não faria isso. (...) A decisão estava tomada e não cabia a nós contestar."

O pré-candidato do PT sugeriu que o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ofereceram cargos em troca do apoio a Serra. "Se os governos locais encontraram outra solução para o problema, não é da nossa alçada", disse.

Mais cedo, o ex-presidente Lula disse ter achado "estranha" a decisão do PR.

"É no mínimo um pouco estranho, porque o PR está no governo federal, sabe? E agora, me parece, entrou no governo estadual", alfinetou.

"Isso pode exigir que a gente trabalhe um pouco mais", reconheceu em seguida.

Haddad ainda não conseguiu adesão de nenhuma sigla da base de Dilma. Ele ainda tenta atrair PSB e PC do B.

O PR reclama do governo desde a demissão de Alfredo Nascimento do Ministério dos Transportes, em 2011. Dilma deu uma vice-presidência do Banco do Brasil ao partido em maio, mas não aplacou a insatisfação.

(BERNARDO MELLO FRANCO E DIÓGENES CAMPANHA)

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