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Câmara do DF enterra CPI que investigaria governo de Agnelo

Deputada da oposição diz que manobra foi orquestrada; petista não comenta o caso

ERICH DECAT
DE BRASÍLIA

Deputados do Distrito Federal enterraram anteontem a CPI local criada para apurar um suposto esquema de investigação ilegal comandado por integrantes do governo de Agnelo Queiroz (PT).

Na sessão para a escolha do presidente e do relator, apenas a deputada de oposição Celina Leão (PSD) apareceu -eram necessários três parlamentares. Sem a escolha, a comissão foi extinta.

Ao ser criada no dia 17 de abril, a CPI da Arapongagem, como ficou conhecida, tinha a assinatura de 11 dos 24 deputados distritais. O objetivo era apurar as suspeitas de que policiais da Casa Militar do DF investigavam ilegalmente políticos e jornalistas.

"É muito negativo, chega a ser ridículo o que aconteceu", afirmou Leão. Segundo ela, o boicote foi orquestrado pela base aliada de Agnelo.

"O jogo foi muito pesado. Chegou-se a chamar parlamentares para dizer que iriam perder as secretarias [no governo]", disse a deputada, que deve recorrer à Justiça para ressuscitar a investigação.

Procurado pela Folha, Agnelo disse, por meio de sua assessoria, que não trata da CPI e que o tema deve ficar restrito à Câmara Legislativa.

A extinção da comissão ocorre uma semana antes de Agnelo ir depor na CPI no Congresso que apura as relações de Carlinhos Cachoeira.

A Polícia Federal levantou a suspeita de que assessores do petista favoreceram a empreiteira Delta, cujo ex-diretor no Centro-Oeste era parceiro do grupo de Cachoeira.

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