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BC reduzirá Selic a menos de 8%, dizem economistas

Copom diz que retomada da economia brasileira ainda é muito gradual

Ata da autoridade monetária indica que inflação deve ficar em 4,5% em dezembro, no centro da meta

MAELI PRADO
DE BRASÍLIA

A recuperação lenta da economia brasileira, o agravamento da crise na Europa e a inflação sob controle devem fazer com que o Banco Central leve a taxa básica de juros da economia, a Selic, para abaixo de 8% ao ano ainda em 2012.

Essa foi a interpretação de economistas e consultorias sobre a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) divulgada ontem.

Na última segunda, uma pesquisa do Banco Central mostrou que a maioria dos analistas apostava que neste ano haveria somente mais um corte, de 0,50 ponto percentual. Atualmente a taxa básica de juros está em 8,5% ao ano, a menor da história.

Além de reafirmar que eventuais novas quedas na taxa serão feitas com "parcimônia", o texto adiciona preocupações com o cenário europeu -o recém-eleito presidente francês, François Hollande, não concorda com a solução da Alemanha para a crise econômica.

A ata também reconhece que a retomada da economia brasileira é "bastante gradual", o que, para analistas, pode levar o Copom a cortar a Selic com mais intensidade para estimular, em especial, a indústria.

O documento do BC, que também indicou que a inflação oficial deve ficar em 4,5% em dezembro (dentro da meta), fez com que muitos analistas de mercado reajustassem suas previsões para a taxa básica no final do ano para 7,5%, 7% e até 6,5% ao ano.

"O BC tem em mente principalmente mitigar qualquer impacto da atividade econômica externa sobre o Brasil. Esse é o foco da autoridade monetária, que também mira a recuperação da indústria", diz Flávio Serrano, economista do Banco Espírito Santo, que não descarta juros a 7,5% no final do ano.

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