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Mercado - em cima da hora

Petrobras cobra alta no combustível para manter investimento

Valorização do dólar afeta empresa e anula efeito da queda recente do barril de petróleo

VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA

A geração de caixa da Petrobras está abaixo do previsto e pode afetar o plano de investimento da empresa.

O tema foi discutido ontem em reunião do Conselho de Administração, em Brasília, em que foi analisado o plano de investimento de 2012/2016.

A estatal reivindica reajuste de combustíveis para recompor seu caixa e, com isso, garantir a manutenção do ritmo de investimentos. O atual plano previa investir US$ 224 bilhões de 2011 a 2015.

Segundo a Folha apurou, a equipe econômica prometera analisar a concessão de reajuste nos combustíveis até julho para reduzir a defasagem de preço -calculada por técnicos da empresa em 32%.

Técnicos da equipe econômica disseram ontem à Folha que a queda na inflação abre espaço para correção no preço dos combustíveis.

A tendência é que o governo, se aprovar o reajuste, reduza o valor da Cide (contribuição regulatória do preço de combustíveis) para evitar repasses ao consumidor.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, já havia avisado sua chefe, a presidente Dilma Rousseff, que a estatal estava com sua capacidade de elevar investimentos comprometida por dois motivos: defasagem no preço dos combustíveis e valorização do dólar.

A queda no petróleo nas últimas semanas, que reduziria custos da empresa, está sendo quase totalmente anulada pela valorização do dólar.

A alta na moeda dos EUA atinge a estatal porque ela tem dívidas no exterior e importa gasolina e diesel para o mercado o interno.

Dilma espera contar com a empresa para alavancar o ritmo de investimentos do país a fim de tentar reaquecer o crescimento da economia.

O Planalto está preocupado com o risco de o país crescer em 2012 menos que os 2,7% do ano passado.

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