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Análise

Insatisfeito e sem informações, eleitor de SP aguarda campanha

MAURO PAULINO
DIRETOR-GERAL DO DATAFOLHA
ALESSANDRO JANONI
DIRETOR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA

A pouco mais de três meses da eleição, José Serra (PSDB) lidera isolado a disputa pela Prefeitura de São Paulo, segundo o Datafolha.

Mas, considerando o conjunto de variáveis da pesquisa e a história dos processos eleitorais paulistanos dos últimos anos, há indícios de que não faltará emoção.

Em período equivalente, em junho de 2004, Serra obtinha exatamente 30% das intenções de voto contra 24% de Paulo Maluf (PP).

Em terceiro, Marta Suplicy (PT), que tentava a reeleição, aparecia com 20%. A candidatura de Maluf naufragou ao longo da disputa, e o segundo turno ficou entre Serra, com 41% e Marta, com 33% do total de votos.

Em julho de 2008, Marta liderava com 38% contra 31% de Geraldo Alckmin (PSDB) e 13% de Gilberto Kassab (então no DEM). Foi a vez de Alckmin ficar à deriva e o atual prefeito partir para a reeleição no segundo turno com 31% contra 30% de Marta.

Em junho de 2000, Marta aparecia com 30%, enquanto Maluf (PPB, na ocasião) chegava a 20%, e Luiza Erundina (PSB) tinha 18%. A petista alcançou 34% e foi para o segundo turno contra Maluf, que ficou com 16%.

Diferentemente de 2004 e 2008, o PT venceu em 2000, em decorrência da rejeição ao malufista Celso Pitta.

Esses pleitos fornecem fatores importantes que devem agir novamente sobre a eleição deste ano, já que o cenário atual combina desinformação e insatisfação.

ESTRATÉGIA

Agora, em 2012, Haddad, candidato ainda desconhecido de um partido habitualmente de chegada, conta com a comunicação para associá-lo ao ex-presidente Lula, à presidente Dilma e a Marta.

Apesar de ter crescido cinco pontos percentuais nos últimos três meses, o potencial da candidatura petista, centrada na popularidade de Lula, teria chances de alcançar patamares mais elevados se atraísse também eleitores fiéis de Marta.

Serra tem o desafio de manter a ponta em um cenário de insatisfação expressiva sobre a administração de Kassab. Mas, se não conseguir, a popularidade de Alckmin é a chave para anular os efeitos negativos.

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