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Juiz federal do caso Cachoeira é amigo de um réu

FERNANDO MELLO
DE BRASÍLIA

A ação penal gerada pela Operação Monte Carlo, investigação da Polícia Federal sobre o grupo de Carlinhos Cachoeira, ficará sob responsabilidade de um juiz que é amigo de um dos réus.

Leão Aparecido Alves, titular da 11ª Vara Federal da seção de Goiás, foi confirmado como juiz do caso pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região. Ele é amigo da família de José Olímpio de Queiroga Neto, um dos presos, acusado de comandar exploração de jogos ilegais no entorno do Distrito Federal.

Queiroga foi padrinho de casamento de Leão, quando o juiz atuava como advogado em Brasília. O acusado foi libertado na semana passada, após uma decisão do juiz Tourinho Neto, do TRF.

"Eu acho que o doutor Leão não irá assumir o caso e irá se dar por impedido. Ele entra na lista dos impedimentos porque é amigo da família há 25 anos", disse o advogado de Queiroga, Leonardo Gagno. "O juiz é uma pessoa extremamente séria."

Apesar de ser titular da seção, Leão não atuou na Monte Carlo, desencadeada em fevereiro, por ter sido convocado para atuar no próprio TRF. O responsável pela investigação era o juiz substituto Paulo Augusto Moreira Lima, que deixou o caso após ter sido convocado para a 12ª Vara.

A transferência de Moreira Lima foi formalizada pelo presidente do TRF, desembargador Mário Cesar Ribeiro, no dia 14 de junho. Ele foi removido "com prejuízo" de suas atribuições anteriores.

Leão não respondeu os questionamentos da Folha até o fechamento da edição.

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