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Folha passa a cobrar por conteúdo digital

Até 20 textos por mês serão gratuitos; a partir daí é preciso um cadastro para ler mais 20; só assinantes lerão do 41º em diante

Assinante do impresso tem acesso ilimitado a todas as versões digitais da Folha -no site, em tablets e em celulares

DE SÃO PAULO

A partir de quinta-feira, a Folha passará a cobrar pelo acesso frequente ao seu site, que ganhará todo o conteúdo da versão impressa, incluindo os colunistas.

Assinantes do jornal impresso continuarão tendo acesso irrestrito a todos os formatos do jornal -na internet, em tablets e em celulares. Quem assina o pacote digital também pode ler o jornal em qualquer tela.

Visitantes do site poderão ler até 20 textos por mês gratuitamente. A partir disso, será pedido o preenchimento de um breve cadastro, que dará acesso a mais 20 notícias ou colunas gratuitamente. Do quadragésimo-primeiro texto em diante, o visitante será convidado a fazer uma assinatura paga.

Assinantes do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha, seguem com acesso aos textos do site, mas não à edição do jornal.

A mudança entra em vigor depois de amanhã e envolve também o nome do site do jornal. Ele passará a ter o logotipo Folha de S.Paulo no lugar do atual, Folha.com, que deixará de existir.

Uma campanha publicitária criada pela agência África divulgará as novidades a partir de quinta, entre elas o preço promocional da assinatura, de R$ 1,90 no primeiro mês e R$ 29,90 nos meses seguintes.

O modelo que o jornal usará em seu site segue uma tendência mundial. Tem sido adotado por diversos veículos como meio de remunerar o jornalismo de qualidade que fornecem.

Conhecido pelo nome de "paywall/muro de pagamento poroso", ele busca aumentar o conforto e a oferta de conteúdo para quem gosta de ler o jornal sem barrar o internauta eventual.

A Folha já é pioneira no uso desse sistema no Brasil. Ele está em vigor desde janeiro no aplicativo para tablets e celulares, e o jornal é agora o primeiro no país a utilizá-lo também em seu site. Outros diários brasileiros trabalham para adotar um modelo de negócios semelhante.

"Com essa medida, o jornal reforça sua primazia em termos de inovação no cenário brasileiro e completa a integração entre impresso e digital", afirma o diretor de Redação da Folha, Otavio Frias Filho.

"A diferença entre jornal impresso pago e online gratuito, existente desde o inicio da internet, dá lugar a um modelo que reflete as mudanças na forma de produzir, distribuir e consumir noticia", diz Antonio Manuel Teixeira Mendes, diretor-superintendente da empresa.

O caso mais notório desse modelo é o do jornal norte-americano "The New York Times". Adotado em março de 2011, ele obteve, em um ano, 454 mil assinantes digitais para o diário nova-iorquino.

O sistema da Folha, criado e implantado pelo setor de tecnologia do jornal, será flexível. O acesso a algumas partes do site não será contado.

Entre essas páginas, estão a capa (www.folha.com) e projetos como o Folha Transparência (conjunto de iniciativas do jornal para trazer a público documentos que estão sob a guarda do Estado).

A Folha tem na internet a mesma posição de liderança de que desfruta na versão impressa. Seu site é o de maior audiência entre os jornais brasileiros. No mês passado, somou 242 milhões de páginas vistas e 19 milhões de visitantes únicos.

Em dezembro passado, o jornal se tornou o primeiro grande veículo do país a lançar um aplicativo com tecnologia HTML5, que permite adaptar o conteúdo a diferentes formatos de tablets e celulares. Ele pode ser acessado a partir do navegador de internet do aparelho, no endereço app.folha.com.

Em março, o diário estreou um programa de televisão, o "TV Folha", transmitido pela Cultura aos domingos, às 20h, com reprise à 0h.

"A Redação do jornal do futuro será um centro produtor de notícias 24 horas por dia para diversas plataformas", diz Sérgio Dávila, editor-executivo do jornal. "A Folha dá mais um passo nessa direção."

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