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Presidente de Banco do NE será denunciado por desvio de verba

Jurandir Santiago é suspeito de pagar por obras inexistentes no CE

LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO

O presidente do BNB (Banco do Nordeste do Brasil), Jurandir Santiago, será denunciado à Justiça hoje sob acusação de envolvimento em desvio de verbas públicas quando era secretário de Estado do Ceará.

O Ministério Público local diz que Santiago é um dos responsáveis pelo desvio de cerca de R$ 3 milhões que deveriam ter sido usados para a construção de banheiros em casas pobres no município de Ipu, interior do Estado. Segundo o Ministério Público, as obras não foram feitas.

Os convênios com associações comunitárias e prefeitura são de 2009, quando Santiago era secretário-adjunto de Cidades. "Ele está sendo responsabilizado porque assinou os convênios e aditivos e autorizou a liberação de parcelas quando não havia sido comprovada a construção dos kits sanitários", diz o promotor Luiz Alcântara.

Na sexta, o Ministério Público e a Polícia Civil fizeram uma operação para cumprir oito mandados de prisão, busca e apreensão de supostos envolvidos. Entre os suspeitos estão o prefeito de Ipu, Sávio Pontes (PMDB), o secretário de Finanças, um engenheiro, três componentes da Comissão de Licitação da prefeitura e dois ex-servidores da Secretaria de Cidades.

Três pessoas foram presas e cinco estão foragidas, entre elas Pontes. A Folha não conseguiu contato com a defesa.

O Ministério Público também investiga outros 56 convênios com municípios para construção de banheiros.

Santiago é indicado ao BNB pelo deputado José Guimarães (PT-CE). Com a presidente Dilma Rousseff longe de Brasília por conta da reunião do G20, no México, e da Rio+20, o destino do executivo só será discutido na semana que vem.

AFASTAMENTOS

Na semana passada, a revista "Época" divulgou um suposto esquema de corrupção que teria desviado R$ 100 milhões do BNB entre 2009 e início de 2011, antes de Santiago assumir.

Santiago afastou seu chefe de gabinete, Robério Gress do Vale, suspeito de comandar o suposto esquema de fraudes em operações de crédito. Outros funcionários também foram afastados.

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