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Entrevista - Gabriel Chalita

Eleições 2012

Com Maluf aliado ao PT, sou o 'novo' em SP

O PRÉ-CANDIDATO DO PMDB DIZ QUE O APOIO DE EX-PREFEITO ANULA O SLOGAN DE RENOVAÇÃO DA CAMPANHA PETISTA

DIÓGENES CAMPANHA
MORRIS KACHANI
DE SÃO PAULO

O pré-candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, mudou o tom cordial que mantinha em relação a Fernando Haddad.

Ele ataca o slogan do petista e a aliança com o PP de Paulo Maluf. Diz ainda que o julgamento do mensalão favorece sua campanha, porque a "maior parte" dos réus são do PT.

Ex-secretário da Educação de Geraldo Alckmin (PSDB) e rompido com José Serra, a quem acusa de ter interrompido seus programas quando assumiu o governo do Estado, Chalita terá a candidatura oficializada amanhã.

Folha - Como avalia a gestão de Gilberto Kassab?
Gabriel Chalita - Uma das piores que São Paulo já teve. Compararia com Pitta, com quem trabalhou. Não é uma gestão inteligente. São oito anos de Serra-Kassab e veja o que outras cidades fizeram nesse tempo. Ele colocou cinco secretários à disposição do Serra, não é estranho?

O sr. apoiou Kassab no segundo turno em 2008 e foi vereador da base dele, pelo PSDB.
Nunca fui aliado do Kassab e também nunca briguei. Sempre fui independente.

O que achou do apoio de Maluf a Haddad?
Acho que o Maluf quis dizer: "Quer meu tempo? Vão ter que me engolir".

Mas o Maluf chegou a negociar com o PMDB.
A gente nunca teve um aceno. Ele chegou a falar com o [Michel] Temer. Quero ser o discurso do novo de fato em São Paulo. Maluf no palanque [do PT] com discurso do novo? É muito forçado, né? Como vão criticar Serra e Kassab? Vai falar o que do Maluf, que teve o Pitta? A Marta é que merece aplausos.

Um dos réus do mensalão, o ex-deputado José Borba, era do PMDB na época das denúncias. O julgamento pode afetar sua campanha?
Nesse caso, eu já ganhei a eleição, porque a maior parte [dos réus] é do PT.

O que o diferencia de Haddad?
Acredito na iniciativa privada. Tenho preocupações à esquerda sob o ponto de vista social, mas na gestão sou mais ao centro. Sou a favor das organizações sociais. Ele já falou que elas são uma forma de privatizar a saúde.

O sr. já foi apresentado em uma missa como "candidato a favor da vida", um dia depois de o Supremo Tribunal Federal ter autorizado o aborto de fetos anencéfalos. Que apoio espera ter da Igreja Católica?
Uma cristão dar opinião na igreja é democrático, não é lavagem cerebral. A igreja não indica candidato. Valores religiosos ajudam a admirar os políticos, mas o que faz votar são as propostas. Qualquer coisa além disso é indecente.

Falou ao governador Alckmin que achou a ação na cracolândia midiática, como tem dito na campanha?
Falei na imprensa e a ele. Não sou contra a polícia na cracolândia, mas achar que isso resolve é ingenuidade ou ação midiática. É preciso investir em prevenção e recuperação, com internação em comunidades terapêuticas.

O sr. tem dito que há secretarias demais na cidade. Quais pretende extinguir?
Há várias secretarias na área de emprego, de gestão. Você pode reformular, unir, para chegar a 15 [hoje são 27].

Houve muita repercussão negativa com a revelação, pela Folha, de que o senhor praticou autoplágio para obter o segundo mestrado...
Isso é uma bobagem. Não existe a figura jurídica do autoplágio. Foi validação do diploma. Desculpa, não vou perder tempo com isso [uma de suas duas assessoras de imprensa diz: "Vamos falar de propostas"].

Continuará escrevendo livros se for eleito prefeito?
O que interessa isso para o eleitor? Vou ser prefeito 100% [do tempo].

Leia a íntegra em
folha.com/no1109170

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