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Cotidiano em cima da hora

PM é morto em atentado na Grande SP

É a sexta morte em 11 dias; em Diadema, bandidos tentaram atingir base policial com um carro em chamas

As polícias Civil e Militar investigam se assassinatos dos seis PMs são retaliações do grupo criminoso PCC

ANDRÉ CARAMANTE
SÃO PAULO

Menos de 24 horas depois de o Comando-Geral da Polícia Militar de São Paulo ter colocado os quase 100 mil homens da tropa em estado de alerta, mais um policial foi alvo de atentado e morto a tiros.

Foi a sexta morte de policial militar em 11 dias. Todos estavam fora do horário de trabalho. Dos seis, quatro foram assassinados na área leste da região metropolitana.

Às 6h15 de ontem, o cabo Joaquim Cabral de Carvalho, 45, foi morto por cinco tiros que partiram de um Palio ocupado por dois criminosos.

Casado, pai de quatro filhos e na PM havia 28 anos, Carvalho foi atacado na porta de uma empresa de ônibus no centro de Ferraz de Vasconcelos (Grande SP). Carvalho tinha ficha limpa na PM.

Em Diadema (Grande São Paulo), criminosos jogaram um carro em chamas contra uma base da PM, na madrugada de ontem. Nenhum PM foi ferido. O veículo atingiu outro carro que estacionado perto da unidade militar.

Na mesma cidade, também na madrugada, dois encapuzados queimaram um ônibus.

Os bandidos, carregando um galão de gasolina, mandaram o motorista, o cobrador e o único passageiro descer do veículo. Ninguém ficou ferido e nada foi roubado.

INVESTIGAÇÕES

O comandante-geral da PM, Roberval Ferreira França, disse ontem que não descarta a ligação do crime organizado com as mortes (leia texto abaixo). "À sociedade, digo para que tenham orgulho de sua polícia", disse.

Setores de inteligência da polícia apuram se as mortes são uma retaliação do grupo criminoso PCC (Primeiro Comando da Capital) contra a operação da Rota que matou seis homens no fim de maio, na zona leste de São Paulo.

Uma das vítimas, Anderson Minhano, foi presa e morta após ter sido torturada em uma rodovia. Ele era suspeito de ter matado um PM. Três PMs acusados de matar Minhano foram presos.

Há, ainda, a suspeita de que a transferência, na semana passada, de Roberto Soriano, um dos chefes do PCC, para o presídio de Presidente Bernardes tenha relação com os crimes. A penitenciária mantém presos isolados 23 horas por dia.

Uma carta de Soriano sobre ataques contra PMs foi apreendida em sua cela e, por isso, ele foi transferido.

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