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Ex-agente fala sobre centro clandestino da ditadura no RJ

Suspeita-se que 22 tenham sido mortos no local; só uma presa política conseguiu fugir

DO RIO

O tenente-coronel reformado Paulo Malhães, 74, relatou em reportagem publicada ontem pelo jornal "O Globo" a rotina de uma casa de detenção clandestina que funcionou em Petrópolis, região serrana do Rio, durante a ditadura militar (1964-1985).

De acordo com a reportagem, a casa era mantida pelo Centro de Informações do Exército. Suspeita-se que 22 tenham sido mortos na "Casa da Morte".

Apontado como responsável por instalá-la, na rua Arthur Barbosa, Malhães disse, sem usar a palavra tortura, que os presos eram pressionados a mudar de lado.

Apenas uma presa deixou o local com vida: Inês Ettiene Romeu, militante da VAR-Palmares, hoje com 69 anos.

Cada equipe cuidava de um preso. "Claro que a gente dava sustos, e o susto era sempre a morte. A casa era para isso", disse Malhães ao "Globo". Ele chegou a se candidatar a vereador em 2000 pelo PDT em Nova Iguaçu. Não foi eleito. A Folha não conseguiu localizá-lo ontem.

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