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Institutos criticam restrições da Lei Eleitoral

Executivos fizeram debate em congresso

DE SÃO PAULO

Executivos de institutos de pesquisa criticaram ontem restrições impostas pela atual legislação aos levantamentos eleitorais.

Em debate promovido pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas, eles pediram mudanças em regras como a que abre brecha aos partidos para barrar na Justiça a divulgação dos resultados e a que obriga o registro das pesquisas cinco dias antes da divulgação.

O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, disse que dois dias seriam suficientes para a fiscalização. Ele lembrou que, na eleição municipal de 1988, o Datafolha decidiu um dia antes do pleito fazer a pesquisa que indicou a virada de Luiza Erundina sobre Paulo Maluf. "Isso não seria permitido hoje."

Já Márcia Cavallari, diretora do Ibope, disse que o melhor seria uma autorregulamentação do setor. Segundo ela, não interessa a manipulação de resultados. "O maior patrimônio que um instituto tem é a sua credibilidade."

Para Antonio Lavareda, do MCI, o ideal seria não haver regras. "As empresas são tolerantes com as excessivas regulamentações."

O presidente do Vox Populi, João Francisco Meira, disse que as leis são restritivas a ponto de impedir a divulgação de pesquisas qualitativas. "Quanto tentamos publicar, temos uma reação do sistema."

(DANIEL RONCAGLIA)

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