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Análise

Prefeito aumenta seu cacife político e viabiliza 'janela' para novas siglas

VERA MAGALHÃES
EDITORA DO PAINEL

E eis que, como quem não quer nada, Gilberto Kassab conseguiu instituir a tal janela para a infidelidade partidária no Brasil.

A bem-sucedida empreitada de criação de seu PSD servirá de modelo para tantos quantos queiram deixar as siglas em que estão sem sofrer as sanções estabelecidas pela súmula da fidelidade aprovada pelo próprio STF.

O efeito de médio prazo da decisão que deu ao partido do prefeito todos os direitos das legendas que disputaram as últimas eleições será acrescentar algumas novas combinações à sopa de letrinhas do quadro partidário brasileiro.

A corrida para a criação de novos partidos deve ser deflagrada logo depois das eleições de outubro, já com vistas ao novo arranjo de forças no Congresso e para a sucessão presidencial de 2014.

Além de ficar como uma espécie de patrono da proliferação de partidos, Kassab também colherá da decisão de anteontem do STF o efeito de polinizar com tempo de TV abundante candidaturas em todo o país -da esquerda à direita, do PT ao PSDB, sem deixar de fora nem o antes dogmático PC do B.

Se o cacife político do prefeito já vinha em alta -diferentemente da aprovação de sua gestão, segundo pesquisas-, ele tende a ser ainda maior depois de abertas as urnas. O PSD e seu criador viram um "player" fundamental para a eleição de 2014.

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