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eleições 2012

Após definir vice, Serra tenta conter insatisfações

Tucanos criticam nome de Schneider, do PSD de Kassab, anunciado ontem

Para acalmar ânimos, prefeito dá aval para apoio de sua sigla à candidatura do PSDB em São José dos Campos

Danilo Verpa/Folhapress
Serra e Alexandre Schneider durante entrevista coletiva para anunciar o vice na chapa tucana à Prefeitura de São Paulo
Serra e Alexandre Schneider durante entrevista coletiva para anunciar o vice na chapa tucana à Prefeitura de São Paulo

DE SÃO PAULO

Aliados do candidato a prefeito de São Paulo José Serra (PSDB) agiram ontem para contornar o mal-estar criado dentro do partido após a escolha de um indicado do prefeito Gilberto Kassab (PSD) para a vice na chapa tucana.

O grupo mais alinhado ao governador Geraldo Alckmin pressionava pela escolha de um tucano para o posto.

A tentativa de apaziguar os ânimos foi incentivada por Kassab e pelos principais interlocutores de Serra.

Atento à insatisfação de Alckmin com o apoio do PSD ao PT nas cidades paulistas com mais de 200 mil habitantes, Kassab permitiu que seu partido abandonasse os petistas em São José dos Campos para abraçar a campanha tucana na cidade.

Questionado ontem sobre a indicação de Alexandre Schneider -ex-secretário de Educação de Kassab- para a vice de Serra, Alckmin disse que era "um bom nome".

"Quem escolhe vice é sempre o candidato, não é? E o Alexandre Schneider é um bom nome. Então, agora é fazer campanha", disse o governador.

GENÉTICA

Ao lado de Serra, Schneider disse ontem em entrevista coletiva ter o "DNA do PSDB" em sua história e a aprovação de Alckmin.

Ele tentou minimizar o desconforto.

"No fundo, não há o que pacificar", disse, questionado sobre as críticas feitas após a sua indicação.

"As pessoas tem o direito de externar suas posições, isso é natural. Eu tenho uma história política que tem o DNA do PSDB. Comecei trabalhando no programa de governo do Mário Covas."

Schneider falou na sede do diretório estadual do PSDB. Respondeu perguntas por quase 40 minutos, sempre amparado por Serra, que diversas vezes soprou complementos a respostas ao pé do ouvido.

AFAGO

Num sinal claro de que tentaria minimizar a resistência dos chamados "alckmistas" ao seu nome, Schneider abriu sua fala fazendo um agradecimento a Serra e, depois, a Alckmin.

"Gostaria de agradecer ao governador Geraldo Alckmin, com quem falei no sábado logo depois de tomada a decisão, e que me deu várias palavras de estímulo", afirmou.

Durante a entrevista, Schneider criticou o principal adversário de Serra na disputa, o petista Fernando Haddad.

Disse que há "algo errado" com o programa federal de incentivo à construção de creches -Haddad é ex-ministro da Educação- e que não há "nada de novo nessa eleição".

A campanha dos petistas tem com mote apresentar Haddad como "um homem novo para um tempo novo".

(DANIELA LIMA)

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