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Na Bahia, governador do PT é vaiado em ato comemorativo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SALVADOR

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), foi hostilizado pela população ontem. Vaias e palavras como "traidor" e "fora Wagner" foram disparadas por centenas de pessoas enquanto a comitiva do petista andava pelas ruas do centro histórico de Salvador, no desfile do 2 de Julho.

A data reúne milhares de pessoas para celebrar a expulsão das tropas portuguesas da Bahia, em 1823.

Este ano, cerca de 200 mil pessoas participaram da festa, segundo a Polícia Militar.

Em Salvador, o 2 de Julho serve todos os anos como termômetro do cenário político.

Gestores públicos e candidatos vão às ruas em comitivas, sendo obrigados a encarar os eleitores e as manifestações de carinho ou repúdio.

No caso de Wagner, o desgaste teve início em janeiro, com a greve da PM que durou 12 dias, e segue com a paralisação dos professores, que completa hoje 83 dias.

Wagner foi vaiado a todo momento por pessoas com faixas e cartazes com frases do tipo "Todos pela educação, menos o governo".

Como atos de protestos eram esperados, a equipe do PT blindou o governador com um forte esquema de proteção policial e antecipou a saída de sua comitiva.

"Acho injusto. Tenho tranquilidade em dizer que me considero um homem dedicado à educação", disse o governador, sobre as vaias.

Os professores em greve na Bahia pedem reajuste de 22,22%. O governo oferece aumento de 7% para novembro, com outros 7% acrescidos em abril do ano que vem.

"Não tenho como atender [o aumento], pois arrebentaria o orçamento do Estado", afirmou o petista.

Ao lado dele estava o candidato petista à Prefeitura de Salvador, Nelson Pellegrino.

(EDER LUIS SANTANA)

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