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Eleições 2012

PSDB e PT se atacam até em plano de governo

Serra e Haddad registram na Justiça Eleitoral propostas de governo com críticas pessoais e programáticas

Chalita, com R$ 11,5 mi, é o mais rico entre os candidatos que se inscreveram para disputar a prefeitura

DE SÃO PAULO

Em mais um sinal da polarização entre PSDB e PT na campanha à Prefeitura de São Paulo, José Serra e Fernando Haddad usaram até o programa de governo registrado ontem na Justiça Eleitoral para troca de ataques.

Serra, sem citar nomes e questionando a suposta inexperiência de Haddad, diz que administrar a cidade não é algo que se possa fazer "por simples apadrinhamento", uma referência à imposição da candidatura do petista pelo ex-presidente Lula.

Mais à frente, o tucano afirma que "o passado mostra o risco para a cidade dos que chegam de garupa ou esperam cair de paraquedas na prefeitura", uma comparação que remete à má avaliação dada ao ex-prefeito Celso Pitta, morto em 2009. Pitta foi eleito graças ao hoje deputado Paulo Maluf (PP), que integra a coligação do PT.

No plano, Serra prega continuidade da gestão Gilberto Kassab (PSD), que foi seu vice antes de assumir o cargo, e expõe dados de projetos que o PSDB implantou na prefeitura e no governo do Estado.

Haddad, que apresenta um plano de "governo petista", dá nome aos adversários e parte para ataques diretos.

Serra e Kassab são "prefeitos com baixo perfil de liderança internacional", representam "grande atraso" para a cidade e implantaram "políticas de ausência" na área social, diz o texto petista.

Numa tentativa de amenizar o desgaste com a senadora Marta Suplicy (PT) e a deputada federal Luiza Erundina (PSB), Haddad faz elogios às duas ex-prefeitas.

O plano fala em retomar projetos implantados por Marta na prefeitura.

A Folha não conseguiu cópia da proposta de governo de Celso Russomanno (PRB), segundo colocado na mais recente pesquisa Datafolha.

PATRIMÔNIO

Doze candidatos se registraram para disputar a eleição, incluindo os representantes dos nanicos PRTB, PSTU, PPL, PSDC e PCO.

Gabriel Chalita, do PMDB, é o concorrente mais rico: informou patrimônio de R$ 11,5 milhões à Justiça Eleitoral.

Serra declarou R$ 1,4 milhão, mesmo valor que informou quando concorreu à Presidência em 2010. Paulinho da Força (PDT) diz ter R$ 493 mil, e Haddad, R$ 473 mil.

(JOSÉ ERNESTO CREDENDIO E DIÓGENES CAMPANHA)

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