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Brasil não usará modelo europeu, diz Dilma

Presidente criticou medidas anticrise adotadas pela Espanha, que incluem aumento de impostos e redução de gastos

Dilma repete expressão de Lula e afirma que 'nunca antes na história deste país' a taxa de juros esteve tão baixa

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE SALVADOR

Ao criticar ontem os cortes de benefícios trabalhistas feitos por países europeus para enfrentar a crise, a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil está em outro caminho.

"O nosso caminho não é igual ao deles. O nosso caminho é manter o nosso desenvolvimento e buscar, cada vez mais, garantir que os bônus, as vantagens e os lucros desse desenvolvimento sejam distribuídos pelo povo."

A presidente citou como exemplo negativo a Espanha, que nesta semana anunciou um pacote que aumenta impostos e reduz custos estimado em € 65 bilhões. Entre as medidas está o cancelamento do pagamento de extras ao funcionalismo no Natal.

Dilma disse que o Brasil quer diminuir os custos não reduzindo salários e ganhos sociais que "os trabalhadores conquistaram ao longo de toda uma história", mas reduzindo impostos e capacitando a sua força de trabalho.

"O nosso caminho não é o caminho de tirar direito dos trabalhadores, o nosso caminho é outro, e nós vamos persegui-lo, vamos nos dedicar a ele sistematicamente."

Dilma disse que a primeira grande mudança foi a "redução dos juros. Os juros neste país estão em um nível, que nunca antes, como diria o presidente Lula, na história deste país, eles atingiram."

Foi o segundo dia seguido que Dilma abordou a crise nas suas falas. Anteontem, no mesmo dia em que o Banco Central apontou estagnação produtiva no Brasil, Dilma afirmou que o país não pode ser medido pelo índice de crescimento econômico, mas por aquilo que faz por suas crianças e adolescentes.

AMOR

A presidente esteve em Maragogipe (BA) para inaugurar uma plataforma da Petrobras e lançar a "pedra fundamental" do Estaleiro Enseada do Paraguaçu. O estaleiro custará R$ 2 bilhões. A nova plataforma da Petrobras (P-59) custou US$ 360 milhões.

No início de seu discurso, Dilma foi surpreendida por uma mulher que gritou "eu te amo". Ela respondeu: : "Eu também te amo".

Em seu discurso, a presidente disse ainda que o governo se esforça para manter a taxa de câmbio num patamar que impeça que a "indústria seja sucateada por produtos com taxas de câmbio manipuladas que, porventura, venham do exterior".

(EDER LUIS SANTANA)

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