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Outro lado

Magistrado critica investigação e afirma ser vítima de jogada política

DE BRASÍLIA

O desembargador Nery da Costa Júnior afirmou à Folha que é vítima de "jogada política" do Ministério Público Federal e criticou a atuação da Corregedoria do CNJ.

"A corregedoria usou provas emprestadas da representação do Ministério Público, não produziu uma prova. Isso é sórdido", afirmou.

Ele classificou de "farrapo" a representação enviada ao CNJ pelo Ministério Público.

Disse que sugeriu a força-tarefa em Ponta Porã à presidência do TRF-3 após manifestação, também por ofício, de outro desembargador, Luiz Stefanini, que, segundo ele, reclamou da demora em processos daquela cidade.

Na defesa prévia enviada ao CNJ em 2 de julho, Nery Júnior disse que a Corregedoria não ouviu as testemunhas mencionadas por ele. Disse ainda que os fatos discutidos são posteriores ao período em que o advogado Sandro Pissini foi seu assessor no TRF.

Ele afirmou que "não pode responder por atos relativos à atuação profissional do advogado na esfera privada".

Alegou ainda que nada impedia a nomeação de André Ferraz, ex-funcionário de Pissini, como seu chefe de gabinete desde março de 2011.

O advogado Sandro Pissini também negou influência do magistrado no processo. Disse que, apesar de o escritório ter sido contratado, ele nunca se envolveu. O advogado responsável pelo assunto, diz, era Douglas França.

Douglas França disse que deixou o escritório de Pissini há quatro meses para montar o próprio. Contou que desde 2008, quando trabalhava com Pissini, cuidava de processos criminais de Torlim.

A Folha procurou Gilberto Jordan. Uma secretária pediu as perguntas por e-mail. O juiz não respondeu, mas anexou o e-mail ao processo no CNJ para pedir apuração de vazamento da sindicância contra ele (na qual nega irregularidade).

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