Índice geral Poder
Poder
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Cinco mil têm candidaturas contestadas no Estado de SP

Justiça Eleitoral decidirá sobre impugnações até 5 de agosto

DE SÃO PAULO

A Justiça Eleitoral julgará até o dia 5 de agosto 4.982 impugnações de candidaturas no Estado de São Paulo. As contestações foram feitas por partidos, candidatos ou pelo Ministério Público contra postulantes aos cargos de prefeito, vice e vereador.

Eles representam 6% dos 79.473 registros de candidaturas. As impugnações não significam veto aos registros dos candidatos. Elas podem ou não ser acolhidas pelos juízes que analisarem as ações.

Na capital, 6 dos 12 candidatos a prefeito foram impugnados, entre eles os líderes nas pesquisas, José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRB). O tucano não apresentou, segundo o Ministério Público, certidões criminais atualizadas.

Já o ex-deputado teria deixado de pagar uma multa referente à campanha de 2010. Os dois dizem não ter pendências nos registros.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, 105 impugnações pedem que os candidatos sejam considerados inelegíveis.

Um dos políticos que têm a elegibilidade contestada é o deputado estadual Celso Giglio (PSDB), principal rival do petista João Paulo Cunha, réu do mensalão, na disputa pela Prefeitura de Osasco.

Giglio teve as contas de 2004, último ano em que governou a cidade, rejeitadas pelo Tribunal de Contas e pela Câmara. Ele diz estar "absolutamente tranquilo". "O Ministério Público não impugnou minha candidatura, [a impugnação] veio de um laranja do nosso adversário."

Ele sustenta que a rejeição aconteceu por erros "formais" na prestação de contas e leu à reportagem trecho de uma decisão do Ministério Público que diz que "não há elementos mínimos de convicção (...) de atitude de improbidade administrativa".

"É uma perseguição banal, a troco de absolutamente nada, quando se fala de mensalão no país inteiro", afirma.

O ex-deputado federal Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), candidato em Sorocaba, também foi impugnado com pedido de inelegibilidade.

Ele foi condenado a ressarcir os cofres públicos por publicidade oficial considerada irregular em 92, quando ocupava a prefeitura.

A campanha de Pannunzio diz que a ação popular movida contra ele "não discute improbidade administrativa nem pede a perda de seus direitos políticos".

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.