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'Não serei condenado', diz Roberto Jefferson

Réu por corrupção, delator do mensalão afirma que acusações não fazem sentido

DE BRASÍLIA

Às vésperas do início do julgamento do mensalão, o presidente do PTB e ex-deputado Roberto Jefferson afirmou ontem que não será condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Delator do esquema, Jefferson disse que não há provas que possam justificar sua punição. "Não serei condenado. Não há o menor cabimento nisso", afirmou após ser reeleito para comandar o partido por mais três anos.

Um dos 38 réus da ação, ele é acusado pelo Ministério Público Federal de corrupção passiva e lavagem de dinheiro -alegações que, segundo Jefferson, não fazem sentido.

Em junho de 2005, o então deputado deu entrevista à Folha denunciando o esquema de pagamento a membros da base aliada em troca de apoio no Congresso.

As declarações provocaram uma CPI e levaram a cassação do próprio Jefferson e de José Dirceu, ex-deputado e ex-chefe da Casa Civil.

O petebista admitiu ter recebido R$ 4,5 milhões do esquema. Segundo ele, o dinheiro foi distribuído entre candidatos do seu partido em troca de apoio a candidatos do PT nas eleições de 2004.

Questionado se houve recursos públicos, o presidente do PTB disse que "o Ministério Público não conseguiu comprovar que a origem dos recursos era pública".

"Me parece que PT provou que o dinheiro era de empréstimo". Ele afirmou que não tinha ideia que a denúncia ganharia tamanha dimensão.

Jefferson deve acompanhar o julgamento, a partir do dia 2 de agosto, em Brasília, na sede do partido. O PTB não vai mobilizar filiados para pressionar os ministros.

"Isso seria afrontar à democracia. Eu só espero que todo o julgamento ocorra sem politização", afirmou.

Para os outros réus, como Dirceu e ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, ele disse desejar "boa sorte e que seus advogados tenham bom desempenho".

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