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eleições 2012

Russomanno se destaca em segmento evangélico

Candidato do PRB, sigla ligada à Igreja Universal, tem 34% entre pentecostais

Segundo pesquisa Datafolha, José Serra (PSDB) é o preferido dos entrevistados mais velhos e mais ricos

DE SÃO PAULO

Na corrida pela Prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB) tem seu melhor desempenho entre os eleitores mais velhos, enquanto Celso Russomanno (PRB), empatado com o tucano em primeiro lugar, se destaca entre os evangélicos pentecostais.

Segundo pesquisa Datafolha publicada no sábado, Serra tem 30% das intenções de voto. Se considerados apenas os eleitores que têm 60 anos ou mais, o tucano vai a 45%.

Já Russomanno, que aparece com 26%, chega a 34% entre os entrevistados que declaram religião evangélica pentecostal -nove pontos a mais que Serra nesse grupo.

A liderança de Serra e Russomanno nesses segmentos conflita com a intenção de ambos de readaptar um pouco a própria imagem.

Serra, o mais velho entre os candidatos a prefeito de São Paulo, com 70 anos, tem tentado combater a ideia de que representaria a velha política na disputa. O tucano até incrementou o guarda-roupa com peças como sapatênis e jeans.

A estratégia também é uma resposta ao marketing do adversário Fernando Haddad (PT), que usa o slogan "o homem novo para um tempo novo".

Russomanno, por sua vez, tenta se dissociar da Igreja Universal, denominação evangélica neopentecostal à qual está ligado o seu partido, o PRB. O candidato até participou de uma série de compromissos públicos para enfatizar que é católico.

Serra ainda se destaca entre os habitantes mais ricos da capital (36% entre os eleitores que ganham mais de dez salários mínimos).

No extremo oposto, o tucano tem seu pior desempenho entre os eleitores que se declaram sem religião. Serra para em 21% nesse grupo.

O segmento mais complicado para Russomanno é o dos mais jovens. Entre os que têm de 16 a 24 anos, o candidato do PRB aparece com 15%.

PELOTÃO DO MEIO

Os candidatos empatados em terceiro lugar também têm variação de desempenho entre os segmentos.

Haddad, que aparece com 7%, vai a 16% entre os espíritas, mas não passa de 4% entre os eleitores mais pobres e os menos escolarizados.

Soninha Francine (PPS), que também tem 7%, se destaca entre os sem religião (chega a 14%), mas apenas 2% dos entrevistados mais velhos pretendem votar nela.

Gabriel Chalita (PMDB) apresenta a maior divisão por gênero entre os candidatos: 70% de seus eleitores são mulheres, e 30%, homens.

O candidato do PDT, Paulinho da Força, vai pior entre os mais escolarizados.

A margem de erro para o total da mostra é de três pontos percentuais. Quando ela é segmentada, os números apontam tendência, mas a margem de erro é maior.

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