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Outro lado

Filho de deputado diz desconhecer documentos

DE SÃO PAULO
DE LONDRES

A defesa do empresário Flávio Maluf, filho do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), limitou-se a afirmar que desconhece os documentos que indicam assinaturas de Flávio em documentos de empresas acusadas em processo na ilha de Jersey.

A Folha encaminhou as cartas obtidas no paraíso fiscal ao advogado de Flávio, o criminalista José Roberto Batochio, por e-mail.

"Desconhecemos o documento a que você se refere no seu e-mail", respondeu o defensor de Flávio.

A reportagem enviou nova mensagem eletrônica a Batochio com cópias dos papéis de Jersey e solicitou um posicionamento específico sobre as assinaturas e o teor dos documentos.

Porém, a resposta foi a de que a manifestação iria se limitar "ao texto anteriormente enviado".

A defesa fez críticas às investigações do Ministério Público sobre corrupção em obras da gestão Maluf.

"Não conseguimos entender a aritmética do Ministério Público. Isto é, acusam de ter havido desvio de US$ 10,5 milhões nas obras da avenida Água Espraiada [atual av. Jornalista Roberto Marinho] e do túnel Ayrton Senna. No entanto, apontam branqueamento de US$ 175 milhões em Jersey", disse Batochio.

"Teria o valor inicial passado pelo fenômeno metafísico da multiplicação dos pães ou se trata de uma aritmética especial, mui exclusiva, dos acusadores?", completou o defensor de Flávio.

A assessoria de Paulo Maluf foi indagada sobre os documentos com a assinatura do filho, mas se limitou a afirmar que o ex-prefeito nunca teve contas no exterior.

Sobre acusações de corrupção, a assessoria negou irregularidades e afirmou que a gestão de Maluf foi aprovada pelo Tribunal de Contas.

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