Índice geral Poder
Poder
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Mercado - em cima da hora

Índios fazem reféns funcionários da obra da usina de Belo Monte

Manifestantes exigem ações para reduzir impacto da hidrelétrica

AGUIRRE TALENTO
ENVIADO ESPECIAL A ALTAMIRA (PA)

Índios da região afetada pela hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), mantinham ontem como reféns dois funcionários da Norte Energia, empresa responsável pela usina.

Os trabalhadores foram detidos após a apresentação de um plano de transposição do rio, rejeitado pelos índios.

É o segundo protesto deles em menos de 15 dias. No mês passado, eles invadiram um dos canteiros de obras para exigir o cumprimento de ações para reduzir ou compensar impactos causados pelo empreendimento. Só saíram há duas semanas.

Os dois reféns estão sendo mantidos desde anteontem por cerca de 50 índios arara e juruna na aldeia Muratu, que fica às margens do rio Xingu e será diretamente afetada pela obra.

A Folha esteve na aldeia ontem. O clima era tranquilo. Os reféns ficaram sentados na sombra, debaixo de área coberta com palha. Eles têm liberdade para transitar pela aldeia, mas não podem sair.

"Muitas perguntas nossas ficaram sem resposta. Ninguém sabe direito se esse sistema vai funcionar", afirmou o cacique Giliard Juruna, da aldeia Muratu.

A transposição é um sistema para transportar os índios no trecho em que o rio não poderá mais ser navegado.

A Norte Energia afirmou que as negociações para liberação dos reféns estão sendo conduzidas pela Funai.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.