Índice geral Poder
Poder
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Toffoli estará no julgamento, dizem colegas

DE BRASÍLIA

Colegas do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) José Dias Toffoli dizem que ele tomou a decisão de participar do julgamento, apesar de alguns ministros mais próximos avaliarem que ele não deveria votar no caso.

Toffoli trabalhou na Casa Civil como assessor jurídico do ex-ministro José Dirceu, que é réu no processo do mensalão, e também com o PT, do qual foi advogado em campanhas eleitorais.

Além disso, a atual namorada do ministro é uma advogada que atuou para três investigados no mensalão.

Ontem, o advogado e ex-delegado de Polícia Civil Paulo Magalhães Araújo entrou no STF com um pedido de suspeição (declarar-se impedido de julgar por razões pessoais) de Toffoli no processo do mensalão.

O advogado Magalhães disse que seu pedido se baseia "em fatos públicos".

"Nós aguardamos até o último momento a Procuradoria-Geral da República tomar uma posição para pedir a suspeição do ministro. Como não pediu, coube à sociedade civil", disse o advogado.

A petição deverá ser rejeitada pelo STF -ou seja, ela não será nem sequer apreciada em seu mérito, pois Araújo não é parte do processo.

O Código de Processo Penal prevê que apenas as partes podem "recusar" o juiz de uma causa, caso ele próprio não reconheça sua suspeição.

Araújo é presidente de uma organização não governamental "de combate à corrupção" com sede em Campo Grande (MS).

"A causa do mensalão não é um caso comum, toda a sociedade é parte", afirmou o advogado.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.