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Candidato é citado em áudio do caso Cachoeira

DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

O candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (PRB) é citado por um investigado do esquema de Carlinhos Cachoeira numa discussão sobre envio de dinheiro ao exterior, segundo relatório da Polícia Federal.

A informação foi revelada ontem pelo jornal "Correio Braziliense". O PPS pediu a convocação de Russomanno pela CPI do Cachoeira. A CPI deve votar a convocação do candidato no próximo dia 14.

O deputado negou já ter tido conta no exterior ou relação com assessores de Cachoeira. Dispôs-se a ir à CPI e a entregar seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.

Russomanno foi citado em conversa telefônica entre Alex Trindade e Gleyb Ferreira, aliado de Cachoeira, em fevereiro deste ano. Não fica claro, pelo documento da PF, a razão dessa menção.

Trindade e Gleyb falam em 7 milhões que estariam no México, mas não explicitam qual é a moeda nem esclarecem se esse seria o montante de Russomanno fora do país.

A Folha localizou Trindade, que confirmou ter falado de Russomanno -segundo ele, a pedido de Fábio, seu conhecido: "Fábio falou para mim que tinha um amigo que precisava trazer dinheiro de fora e que esse amigo era o Celso Russomanno. Eu disse que havia uma pessoa que poderia fazer isso e indiquei o Gleyb. Eu não sei o que eles conversaram depois disso nem o valor tratado", disse.

A PF, no entanto, descreve em relatório Trindade, que diz ser corretor de imóveis, como "pessoa que atuou na remessa de valores mais elevados ao exterior". Fábio não é identificado no relatório.

O relatório diz que "o dinheiro usado na transferência pertenceria ao deputado federal Celso Russomanno" e que Fábio tinha contrato assinado com o deputado.

A Folha teve acesso à conversa entre Gleyb, Trindade e Fábio, gravada pela PF em 16 de fevereiro deste ano, mas sem citação a Russomanno. Eles discutem o depósito para uma conta no México.

Aliado de Russomanno, o petebista Campos Machado disse estranhar que algo ligado "à CPI controlada pelo PT" surja após encontro entre o dirigente do PRB Marcos Pereira e José Serra (PSDB).

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