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Ao longo do processo, Dilma reforçou versão de réus petistas

DE BRASÍLIA

Se a presidente Dilma Rousseff agora prefere ficar em silêncio sobre o julgamento do mensalão, a petista já defendeu, mais de uma vez, o discurso dos réus quando estava no governo Lula.

A Folha reuniu falas públicas e entrevistas concedidas entre 2005 e 2010 e o depoimento que a presidente Dilma prestou, em 2009, no processo do mensalão.

O depoimento foi citado anteontem pelo advogado de José Dirceu, José Luis Oliveira Lima, na defesa oral que apresentou durante o julgamento do caso, no STF (Supremo Tribunal Federal).

Para Dilma, José Dirceu, acusado pela Procuradoria-Geral da República de ser o chefe da quadrilha, é um "injustiçado" e não se pode afirmar que ele comandava o PT quando era chefe da Casa Civil, um dos argumentos da defesa do ex-ministro.

A presidente disse ainda que não há provas do mensalão e que houve apenas "empréstimos para pagar dívidas de campanha", mesmo argumento adotado por petistas no julgamento. "Daí a querer acusar o governo de práticas de corrupção vai uma distância imensa", disse Dilma em dezembro de 2005, como ministra da Casa Civil.

A presidente afirmou também que só ficou sabendo do mensalão pelo noticiário. "Não houve prova. Até hoje, até onde enxergamos, nós não constatamos a existência de 'mensalão'", disse em entrevista à Folha em 2006.

Quando o STF começou a julgar, em 2007, a ação penal do mensalão, a então ministra da Casa Civil disse que esperava um julgamento "sem paixões".

(FILIPE COUTINHO, RUBENS VALENTE E KELLY MATOS)

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