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Defesa de petista nega favores para Valério

Serviços à Câmara foram prestados, diz advogado

DE BRASÍLIA

A defesa de João Paulo Cunha (PT-SP) disse ontem, no Supremo Tribunal Federal, que ele, quando era presidente da Câmara dos Deputados, não recebeu suborno para favorecer a agência do empresário Marcos Valério em contratos com a Casa.

O advogado de Cunha, Alberto Zacharias Toron, afirmou que o deputado recebeu R$ 50 mil por meio de Marcos Valério para pagar uma pesquisa pré-eleitoral e obteve o repasse por orientação do PT.

Segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República, João Paulo favoreceu a SMPB, agência de Valério, em um contrato de publicidade no valor de cerca de R$ 1 milhão, mas os serviços não foram prestados pela agência, que teria terceirizado 99% da execução dos trabalhos.

A defesa afirmou que há laudo da Polícia Federal que mostra que os serviços previstos foram prestados.

Toron qualificou de "fantasmagórica" a acusação de que João Paulo praticou o crime de lavagem de dinheiro ao usar a mulher dele para fazer um saque de R$ 50 mil.

O advogado disse que a mulher identificou-se na agência bancária, o que mostra que ele não queria ocultar a origem do dinheiro.

A defesa rebateu a acusação de que João Paulo contratou empresa do jornalista Luiz Costa Pinto para fazer assessoria na Câmara, mas, na verdade, os trabalhos foram todos para o petista. Toron disse que o TCU (Tribunal de Contas da União) constatou que a execução dos serviços.

Toron citou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), também ex-presidente da Câmara, para justificar ações de João Paulo. "Não se pode falar em peculato porque o trabalho foi contratado e prestado, um trabalho que vinha da época de Aécio Neves".

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