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Alckmin sugere interesse em voltar a disputar a Presidência em 2014

Governador paulista inclui seu nome em lista de possíveis candidatos do PSDB ao Planalto

Tucano faz questão de dizer que a escolha do presidenciável deve ser realizada por meio de consulta às bases

Alan Marques/Folhapress
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), durante entrevista ao programa "Poder e Política", em Brasília
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), durante entrevista ao programa "Poder e Política", em Brasília

FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), incluiu ontem seu nome na lista da qual será escolhido o tucano que poderá disputar a Presidência em 2014.

Alckmin disputou o Palácio do Planalto em 2006, quando perdeu para Lula. Em 2010, foi eleito governador de São Paulo e esta é a primeira vez que o tucano admite em público estar interessado em concorrer a presidente outra vez. Ele deu a declaração em entrevista à Folha e ao UOL.

Dentro do PSDB, o senso comum é o de que Alckmin, 59 anos, será apenas candidato a mais um mandato no Palácio dos Bandeirantes. Ontem, entretanto, ele deu a entender que seu futuro eleitoral ainda está em aberto.

Questionado, ele diz que ainda é muito cedo e que não tem como "objetivo" disputar a eleição presidencial. Mas o discurso muda quando Alckmin é confrontado com as opções reais do PSDB.

Para uma hipótese na qual alguns nomes tucanos não se viabilizem em 2014, o governador comenta: "Aí, ou nós trazemos o quadro do Rodrigues Alves de volta para o gabinete, ou nós temos aí o Beto Richa [governador do Paraná], o professor Anastasia [governador de Minas]".

A menção ao "quadro do Rodrigues Alves" é uma referência cifrada de Alckmin. No passado, ele mantinha em seu gabinete o retrato desse paulista que foi presidente de 1902 a 1906. Seria uma fonte de inspiração. Agora, o quadro está em outra parede do Palácio dos Bandeirantes.

Ao dizer que traria de volta a imagem de Rodrigues Alves a seu gabinete, Alckmin falou, de seu jeito, que não se considera totalmente fora de disputas presidenciais.

Embora seja uma declaração oblíqua, trata-se de um movimento relevante no PSDB -que enfrenta um esgotamento quando busca nomes de expressão nacional para disputar o Planalto.

José Serra já concorreu à Presidência duas vezes (2002 e 2010). O senador Aécio Neves (PSDB-MG) seria o próximo da fila, mas até hoje não empolgou o establishment partidário, além de enfrentar resistência na seção paulista.

Alckmin faz questão de dizer que a escolha do candidato a presidente do PSDB em 2014 deve ser por meio de um processo aberto, com participação dos militantes da sigla -uma eleição prévia interna.

"Vejo com simpatia, com boa possibilidade para a eleição presidencial, você fazer também uma primária, abrir esse debate no partido, ouvir mais o partido", disse.

NA INTERNET
Assista à entrevista
folha.com/no1138535

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