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Mulheres assumem papéis de peso mesmo fora da tribuna

Nenhuma das 38 defesas do mensalão escolheu uma mulher para falar na tribuna no julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal, porém as equipes em ação no caso têm advogadas em papéis fundamentais para evitar as condenações dos réus.

No plenário do STF, as advogadas tentam, por exemplo, captar a reação dos ministros para cada alegação apresentada. Na equipe do criminalista Márcio Thomaz Bastos, a advogada Maíra Salomi, 28 anos, a todo momento cochichava no ouvido do advogado nas sessões.

"Analisamos como cada ministro está reagindo. Comparamos as defesas para ver se elas se opõem à nossa, e prestamos atenção a possíveis nulidades ou questões de ordem", conta Maíra.

Sempre na primeira fileira do plenário, a advogada Flávia Tennenbaum, 35, da equipe do advogado Alberto Zacharias Toron, diz que a ausência das mulheres na tribuna do STF não reflete a realidade do mercado de trabalho.

Flávia afirma que hoje é crescente a participação feminina nos grandes escritórios criminalistas, o que era raro quando começou, há 13 anos.