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Obra para a Copa-14 em Cuiabá será investigada

Há suspeita de direcionamento de licitação de Veículo Leve sobre Trilhos

Anúncio em jornal antecipou resultado em um mês; ministérios públicos decidiram pela abertura de apuração

RODRIGO VARGAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE CUIABÁ

Os ministérios públicos Estadual e Federal de Mato Grosso decidiram abrir investigação sobre o suposto direcionamento, mediante propina, do resultado da licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá, principal obra de mobilidade urbana do município para a Copa-14.

A suspeita de favorecimento foi reforçada pela revelação de que um anúncio cifrado num jornal da cidade antecipou em cerca de um mês o resultado da concorrência, feita pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que flexibilizou normas de concorrências públicas.

Ontem, reportagem do portal UOL, que pertence ao Grupo Folha, que publica a Folha e o "Agora", trouxe cópia do anúncio, além de gravações de conversas de Rowles Magalhães Pereira da Silva, um assessor comissionado do gabinete do vice-governador Chico Daltro (PSD).

Segundo o servidor, o consórcio vencedor da concorrência (liderado pelas empresas C.R. Almeida, Santa Bárbara e CAF Brasil) pagou R$ 80 milhões a integrantes do governo estadual para assumir a obra, cujo orçamento é de R$ 1,47 bilhão.

GOVERNO NEGA

O governador Silval Barbosa (PMDB) prometeu "mandar apurar" as denúncias e negou direcionamento na concorrência do VLT.

A obra do VLT de Cuiabá chegou a ser suspensa por dez dias em razão de liminar concedida pela Justiça Federal em ação que contesta a legalidade da opção pelo RDC e a viabilidade dela para Cuiabá. A suspensão foi cassada na quinta-feira passada.

A assessoria do consórcio VLT Cuiabá não comentou. Ao UOL a C.R. Almeida qualificou as afirmações sobre propina como "inverídicas".

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