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Mensalão - o julgamento

Aliados de João Paulo comemoram voto como gol

Cerca de 30 apoiadores do petista se reuniram em comitê para ver sessão

Campanha e militantes afirmam que não há plano B para a candidatura do PT à Prefeitura de Osasco

DANIEL RONCAGLIA
DE SÃO PAULO

O clima ontem foi de comemoração no comitê central da campanha do petista João Paulo Cunha, candidato a prefeito de Osasco (SP).

Cerca de 30 correligionários chegaram ao final da tarde para acompanhar pela televisão o final do voto do revisor Ricardo Lewandowski.

Quando o ministro votou pela absolvição da última acusação, os aliados agitaram bandeiras e gritaram como se fosse um gol. Também cantaram trechos do jingle de campanha. "Não existe plano B", vibrou a militante Rita de Cássia Alves.

Mesmo em campanha, João Paulo não tem feito aparições públicas desde a última segunda-feira, dia em que o relator do mensalão, Joaquim Barbosa, encerrou o seu voto, no qual condena o petista e outros quatro réus.

O deputado quer evitar se expor até que os outros nove ministros votem o seu caso. Para aliados, ele diz contar com cinco votos a favor no Supremo Tribunal Federal.

O candidato a vice do petista, Jorge Lapas, disse que estava mais "tranquilo" após o voto de Lewandowski. "A divergência foi bem grande pela absolvição", disse.

Ex-secretário da gestão Emídio de Souza (PT), Lapas é tido como possível substituto em caso de condenação.

A campanha petista, porém, nega que trabalhe com um plano B. "Quero que João Paulo seja absolvido. É o nome do nosso partido que está em jogo", afirmou Lapas.

O defensor de João Paulo, Alberto Toron, festejou: "Esse voto lava a alma do deputado João Paulo e põe as coisas nos devidos lugares".

O voto de Lewandowski também foi recebido com alívio por advogados de outros réus: Antonio Carlos de Almeida Castro, defensor de Duda Mendonça, disse que esse voto "equilibra o jogo".

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