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Delta propõe que dívidas sejam pagas só em 2014

Justiça decide na próxima semana se vai aceitar plano de recuperação da empresa

DENISE LUNA
DO RIO

A juíza Maria da Penha Nobre Mauro, da 5ª Vara Empresarial do Rio, deve decidir até a próxima terça-feira se o plano de recuperação judicial apresentado pela construtora Delta será aceito.

O plano, preparado pela consultoria Alvarez & Marsal, consiste no adiamento de prazos para o pagamento de fornecedores e bancos. Apresenta ainda um novo cronograma para entregar as obras que estão sendo realizadas.

Somente no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), a Delta tem um saldo de contratos a executar de R$ 612 milhões.

No plano, a empresa diz ter R$ 170 milhões em dívidas com bancos. Propõe que o pagamento de 70% do valor seja pago a partir de agosto de 2014, em parcelas mensais por sete anos.

O pagamento do restante do débito, ou o equivalente a R$ 50 milhões, dependeria de a empresa receber pelas obras já executadas para o governo.

A construtora pretende levantar novos financiamentos junto aos bancos credores, atrelando o pagamento da dívida ao novo crédito.

Já os fornecedores que possuem débito junto à Delta poderão começar a receber já em janeiro de 2013.

Pelo plano, eles terão a opção de receber imediatamente, em equipamentos da Delta, até o valor de R$ 12 milhões, ou parcelar a dívida entre 12 e 36 meses.

Depois de ter seu nome envolvido no escândalo de corrupção do empresário Carlinhos Cachoeira, a empresa abandonou grandes obras, como o Maracanã, o BRT Transcarioca e o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Mas ainda é responsável pela construção e manutenção de rodovias pelo país.

Se aceito pela juíza, o plano ainda terá que ser votado em assembleia pelos credores da Delta, o que poderá acontecer até o fim do ano.

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