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Sabatina Folha/Uol - Marcio Lacerda

Temo que achem que o Lula é o candidato a prefeito

MARCIO LACERDA (PSB), QUE TENTA A REELEIÇÃO EM BH, IRONIZA ÊNFASE DADA POR PATRUS ANANIAS AO APOIO RECEBIDO DO EX-PRESIDENTE

Hugo Cordeiro/Nitro
Marcio Lacerda (PSB) durante sabatina no auditório do museu Inimá de Paula, em BH
Marcio Lacerda (PSB) durante sabatina no auditório do museu Inimá de Paula, em BH

DE BELO HORIZONTE

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição, ironizou ontem, na Sabatina Folha/UOL, o uso que seu adversário Patrus Ananias (PT) faz do apoio recebido do ex-presidente Lula.

Lacerda disse temer "que as pessoas achem que o Lula é o candidato a prefeito" devido à exposição que o ex-presidente tem tido na propaganda eleitoral de Patrus.

Ele cobrou mais espaço para o PSB no governo da presidente Dilma Rousseff e disse que a "aliança preferencial" com o PMDB "está na raiz dos problemas que enfrentamos hoje".

Larcerda respondeu, por uma hora e meia, a perguntas de Eduardo Scolese, coordenador da Agência Folha, Paulo Peixoto, correspondente da Folha em Belo Horizonte, Vera Magalhães, editora do Painel, e Josias de Souza, colunista do UOL, no auditório do museu Inimá de Paula.

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Lula com Patrus
"Às vezes eu temo que as pessoas achem que o Lula é o candidato a prefeito, que é o meu adversário, de tanto que ele aparece na TV. A transferência de votos tem um teto, um limite", disse. Questionado se não poderia haver a mesma impressão com o uso do aliado Aécio, Lacerda disse: "Ele ainda não apareceu me dando a mão, me carregando nos braços".

PSB no governo Dilma
"Vejo o PSB muito aliado do governo Dilma, inclusive tem uma participação muito pequena no governo. É muito ruim ver o PT defendendo aliança preferencial com o PMDB, isso realmente está na raiz dos problemas que enfrentamos." Segundo ele, o PMDB representa "o setor mais fisiológico" da política.

Ruptura com PT
Lacerda atribuiu a uma decisão da maioria entre os petistas da cidade a não reedição da aliança em torno de seu nome, que em 2008 juntou PSB, PSDB e PT. "A ruptura aconteceu porque o PT não aceitou a recusa do PSB em não fazer coligação na eleição proporcional [de vereadores] com o PT." Ele disse que em reunião com Aécio e o ex-governador cearense Ciro Gomes (PSB) se buscou um entendimento, que não ocorreu. Ao contrário de Patrus, que anteontem, em sabatina, disse ver relação entre os rachas entre PT e PSB em várias capitais, o prefeito disse não existir "link" entre os casos. Segundo ele, o presidente de seu partido, governador Eduardo Campos (PE), disputará a Presidência em 2014. "Cada rompimento tem uma história." E destacou: "Mas motivada por um link comum que é a dificuldade de o PT entrar em acordo interno".

Aliados mais próximos
Questionado sobre quem está mais próximo a ele entre Aécio, Ciro, Dilma e o ex-prefeito de BH Fernando Pimentel, Lacerda afirmou: "Isso muda. Tenho proximidade grande hoje com Ciro, com Aécio. Existe um afastamento temporário em relação a Dilma e a Pimentel".

Eleição presidencial
"A análise da realidade como cidadão diz que é difícil a presidente Dilma perder a eleição. Certamente o governador Aécio, na situação atual, seria candidato mesmo com derrota provável, mas se posicionando já para 2018." Depois, mencionou o aliado de novo: "Vejo o PSDB hoje com candidato forte à Presidência, o governador Aécio, apesar da oposição de setores do PSDB em São Paulo".

Ambição política
Cotado para disputar em 2014 a sucessão do governador Antonio Anastasia (PSDB), o prefeito evitou se comprometer a permanecer os quatro anos de mandato na prefeitura, caso reeleito. "Jornalistas e partidos políticos sempre se preocupam com essa definição prévia do futuro. Eu tenho dito que gosto muito de ser prefeito."

Gastos com voos fretados
Larcerda defendeu seu gasto com voos fretados, alvo de questionamento do Ministério Público Estadual. "Não tem nada de clandestino, nunca fretamos aviões para viagens de fim de semana, turísticas. A maioria, 80%, 90% foi para Brasília. E com isso trouxemos investimentos para BH."

Transporte público
Questionado sobre deficiências do transporte público em BH, o candidato disse que "a qualidade é não muito boa em razão das dificuldades do trânsito, porque a frota dobrou em oito anos, triplicou em 20 e as vias continuaram as mesmas".

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